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redes

10

jun
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Gerando instâncias de encontro, intercâmbio e reflexão: os projetos do Uruguai selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 10, jun 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

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Três grupos teatrais de diferentes cidades do departamento de Canelones compõem a rede Andante, que apresenta um dos dois projetos uruguaios selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 A outra proposta é a segunda edição do Encontro entre Culturas, que acontecerá em setembro na cidade de Marindia, também no departamento de Canelones, desta vez abordando culturas nativas e afro-uruguaias e integrando a questão de gênero como eixo central.


(Foto: Teatro Acuarela)

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* Nome da rede ou articulação e do projeto: Andante

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Andante é uma rede de trabalho colaborativo formada por três grupos teatrais do departamento de Canelones: Teatro del Arca, Aquarela e Grupo Experimental de Teatro San Ramón (GET). Com mais de cinco anos de atuação e diversas propostas realizadas (Projeto Trama, Mostra Internacional de Teatro do Perímetro, Encontro de Teatro Huellas, Mesa Interteatral), essa rede busca coordenar ações no departamento a fim de contribuir para a reflexão e o desenvolvimento em diferentes áreas da trabalho sociocultural a partir da própria ação teatral. 

O projeto “Andante”, um dos selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, será composto por três instâncias para reflexão (seminários), trabalho/intercâmbio (workshops) e encontro com a comunidade (mostra-fórum). A ideia é repetir esse mesmo formato em cada uma das cidades-sede (Las Piedras, Ciudad de la Costa e San Ramón), articulando com outros grupos e/ou coletivos (teatrais ou não) e aprofundando questões como gênero, minorias e identidade cultural.

O objetivo é concretizar essas três instâncias com ações que envolvam tanto os organizadores quanto os referentes, os atores locais e o público em geral. Em cada cidade haverá pelo menos um seminário, uma oficina e uma mostra-fórum, que serão rotativos de acordo com o tema abordado. Cada um dos grupos organizadores apresentará um pequeno show para encerrar as atividades em cada local. A ideia é apresentá-lo não em seus teatros correspondentes, mas em espaços alternativos, buscando chegar aonde as organizações sociais trabalham com as propostas. 

O objetivo deste projeto é gerar e fortalecer instâncias de encontro e reflexão em trabalho direto com quem realiza ações no território. A partir do trabalho colaborativo, do próprio trabalho teatral e das ferramentas que ele proporciona, se buscará ampliar a reflexão sobre os temas propostos com abordagens de diferentes perspectivas e sensibilidades. As instâncias do seminário serão abertas e compartilhadas a partir de plataformas virtuais. 

(Foto: Teatro del Arca)

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Organizações participantes

Teatro del Arca (Associação Civil A-Claque), entidade responsável pela gestão do projeto, é um grupo teatral que atua na cidade de Las Piedras desde 2009, realizando atividades de caráter artístico e cultural. O grupo tem um espaço próprio, o Teatro La Sala, que tem como objetivo promover atividades culturais, sendo este o único teatro da cidade. Entre as atividades estão a Mostra Internacional de Teatro Perimeter (2010-2019), realizada nos bairros da cidade de Las Piedras, e a Mostra Teatral Huellas (2013, 2020-2021), desenvolvida em colaboração com comissões de bairro. 

O Grupo de Teatro Aquarela é um projeto sociocultural que produziu diversas apresentações artísticas e culturais em Ciudad de la Costa desde 2002. O grupo organizou a Mostra Internacional de Teatro Perimetral (2010-2019) e atualmente organiza o Encontro Nacional de Teatro Infanto-juvenil, além de co-gerenciar o Espacio Serendipia de Solymar.

O Grupo Experimental de Teatro (GET) é um grupo artístico fundado pelo dramaturgo, ator e diretor uruguaio Oscar Postiglioni, cujas origens remontam à década de 1970 na cidade canária de San Ramón. O grupo foi formado permanentemente em 2006 e já realizou diversos espetáculos, oficinas, exposições e diversas instâncias de intercâmbio educacional e cultural. Também participou de festivais regionais e internacionais e administrou dois espaços culturais: La Casa de las Escobas (2014-2015) e La Casa de Oscar (de 2015 até hoje). 

(Foto: Grupo Experimental de Teatro)


*Nome da rede ou articulação e do projeto: 2ª Edição do Encontro de Culturas

De volta à proposta do Encontro de Culturas, que ocorreu em Marindia em 2021, a segunda edição do evento será realizada em setembro, no Espaço Cultural Por Amor al Arte, desta vez ampliando a visão das culturas indígenas e afro-uruguaias e integrando nesta instância a questão de gênero como eixo central.

Duas rodadas de atividades foram propostas para este ano. A primeira semana será voltada para um público mais jovem, principalmente estudantes do ensino médio (público e privado); a segunda será para um público jovem e adulto. O primeiro dia será para abordar as culturas nativas e o seguinte para as culturas afrodescendentes. Cada proposta terá uma modalidade vivencial de forma que os participantes se sintam envolvidos na experiência e no tema. 

“Nosso objetivo não é discutir invisibilidades, preconceitos, exclusões e outras formas de violência, mas encontrar paralelos entre percepções e a busca de superação dessas estruturas, criando vínculos que permitam aumentar a solidariedade entre segmentos”, explica Dumas Teixeira em sua candidatura ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022. 

Para isso, em primeiro lugar, a ideia é localizá-los no tempo, analisar como essas exclusões se constituíram para descobrir como continuam a estruturar as relações sociais que ainda existem. Em um segundo momento, por meio de atividades culturais e intercâmbio de conhecimentos, pretende-se apontar caminhos (com base em exemplos de países latino-americanos) para a constituição de redes de solidariedade entre esses setores.

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Organizações participantes

Nesta rede de trabalho colaborativo formada para dar continuidade ao Encontro entre Culturas, a organização responsável pelo projeto é Por Amor al Arte Castillos en Arena, que desde 2015 mantém atividades no Espaço Cultural Por Amor al Arte. Além de ser o local de ensaio da companhia de Teatro La Barraquita, o espaço abriga o Encontro da Confraria Latino-Americana Castillos en la Arena, que está na nona edição, e o evento Esencia Escena, com mini-shows de artistas locais. Lá também são apresentados grupos musicais, peças de teatro e filmes para crianças e adultos; são realizadas aulas de teatro, canto e música; esculturas e atividades como reuniões de vizinhos e organizações sociais, aulas de serigrafia, dança, ioga, pilates e oficinas de fotografia, entre outras. 

(Foto: La Marea Candombe)

O projeto também conta com a participação de La Marea Candombe, coletivo de candombe que reúne mulheres do litoral uruguaio, criado em 2019 em Salinas (Canelones). Além de participar da série Amanecer com o coletivo La Pitanga, sobre violência e gênero, elas organizam La Marcha de la Diversidad de La Costa, o primeiro encontro de mulheres candomberas no litoral; participam da Rede Feminismo do Litoral; coordenam o 8 de Março na Atlántida, visitam centros educativos, ministram oficinas de candombe e integram a Mesa da Diversidade de Canelones.

Outra organização que participa do Encontro de Culturas este ano é a Tapeabiru, de Biguaçu (Santa Catarina, Brasil), que desde 2013 realiza oficinas relacionadas à linguística Mbyá Guarani e ao ñande-reko, o jeito guarani de ser (cosmovisão e ancestralidade), além de oficinas de talha, artesanato e cestaria.

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25

maio
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Biodiversidade, interculturalidade e patrimônio: os dois projetos do Equador selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 25, maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

A Confraria de Culturas Vivas de Chocó Biogeográfico e a articulação de bioprodutores na Feira de Guancavilca foram as duas redes equatorianas selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022. O primeiro busca reconhecer e apropriar-se da riqueza natural e cultural do território por meio de rodas de conversa e intercâmbio de saberes entre as comunidades e os Governos Autônomos Descentralizados. A segunda visa reunir artesãos de pelo menos 10 comunas no 1º Encontro de Bioprodutores Artesãos de Santa Elena, que incluirá uma tenda, palestras, apresentações artísticas e atividades recreativas para crianças.


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 * Nome da rede ou articulação: Confraternidad de las Culturas Vivas del Chocó

 * Nome do projeto: “Articulación de la Red de Colaboración de la Confraternidad de las Culturas Vivas del Chocó Biogeográfico Ecuatoriano”

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O Chocó biogeográfico é uma região que se estende desde o Canal do Panamá até Cabo Pasado, no litoral equatoriano, passando pela costa do Pacífico da Colômbia. Esta região é conhecida por sua extraordinária biodiversidade, grande variedade de ecossistemas e também pela diversidade étnica e cultural. No Equador, onde atravessa três províncias (Esmeraldas, Pichincha e Manabí), Chocó se caracteriza como local de assentamento de comunidades negras e indígenas das etnias Chachi, Épera e Awá. A elas se destina uma das iniciativas selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022.

A Confraria de Culturas Vivas do Chocó Biogeográfico Equatoriano, rede que propôs este projeto no edital do IberCultura Viva, é um processo intercultural que tende a conhecer e articular as agendas programáticas (e políticas) mantidas pelas diversas organizações de base comunitária, bem como os povos e nacionalidades assentados no vasto território do Chocó equatoriano

A proposta apresentada busca tecer uma cooperação de longo prazo a partir de uma agenda conjunta de atividades entre as organizações participantes, entre os meses de junho e setembro de 2022. Além de reconhecer e apropriar as riquezas naturais e culturais do território, o projeto tem como objetivo abrir espaços à criatividade e propostas dos jovens; reativar os espaços comunitários através da criação de pomares e fortalecer os processos internos de capacitação.

As atividades programadas para o mês de setembro serão realizadas nas comunidades de Santa María del Cayapas, paróquias de Nono e Lloa, e em Santo Domingo de los Colorados. A intenção é realizar círculos da palavra e intercâmbios de conhecimentos entre as comunidades e os Governos Autônomos Descentralizados (GADs), além da produção de vídeos, fotografias e registros etnográficos. 

A comunidade de Santo Domingo de los Colorados, por exemplo, trabalhará com hortas urbanas. A de Santa María del Cayapas, por sua vez, receberá os expoentes do tradicional chachi e afro marimba, em torno do mentidero, que é uma recriação do contexto comunicacional da região. Mentidero é um lugar onde as pessoas se reúnem para contar as coisas que acontecem no cotidiano da comunidade e também para relembrar histórias do passado, comentar sobre os acontecimentos políticos atuais e inventar histórias e fábulas (daí o nome de “mentidero”). 

Além de dar voz à juventude por meio de espaços de escuta e coleta de propostas, o projeto se propõe a criticar as abordagens de gênero que vêm exclusivamente das cidades, abarcando as perspectivas do feminismo rural e o estudo e posicionamento das mulheres de Chocó.

(Foto: Cayapas Intercultural)

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Organizações participantes

A Coalición Intercultural del Río Cayapas é uma rede que reúne os grupos Chachi, Épera, Awá e Afro-Equatorianos, enfatizando manifestações artísticas e socioculturais vinculadas à educação e ao cuidado integral dos territórios: espiritual, político e científico. Criada em 2019 na província de Esmeraldas, a coalizão mantém relações estreitas com os Governos Paroquiais Autônomos Descentralizados das comunidades Atahualpa/Camarones (Santa María del Cayapas), Telembí e San José. 

A Red Juvenil Chocó Andino, também participante do projeto, é uma organização comunitária, um coletivo de coletivos que iniciou formalmente sua trajetória em 2018. É formada por jovens homens e mulheres que trabalham em prol de seu território, além dos interesses individuais, nas províncias de Pichincha e Esmeraldas.

El Faro Cultural de Lloa, por sua vez, é um processo multidisciplinar que desde 2018 promove a pesquisa e criação artística permanente, bem como a gestão cultural comunitária ligada às artes cênicas e audiovisuais, educação alternativa, saberes ancestrais e práticas de permacultura. Seu objetivo é melhorar a qualidade de vida da comunidade, por meio do exercício das artes e dos saberes populares ancestrais, direitos culturais, participação cidadã e sistematização de conteúdos que possam ser transmitidos de geração em geração em um contexto intercultural, diverso e sustentável. 

A Fundación Cultural para la Investigación Teatral Antropológica Transcultural Luban Oko, que é a organização responsável pelo projeto, foi criada em 2006 em Santo Domingo de los Colorados. Suas atividades estão focadas na formação e criação de públicos para as artes cênicas, bem como na investigação de culturas vivas na interculturalidade e na geração de intercâmbios – em nível local, nacional e internacional – com instituições de cultura e educação.

(Foto: Centro Cultural Luban Oko)

Da mesma forma, participa do projeto La Red Ecuatoriana de Cultura Viva Comunitaria, que desde 2015 vem apostando na visibilidade, no fortalecimento e na articulação de artistas, gestores e grupos culturais que trabalham a partir do independente e da comunidade. Sua atuação se concentra em quatro eixos: fortalecimento organizacional por meio de espaços de diálogo e capacitação permanente; sustentabilidade por meio da geração de programação coletiva e gestão de recursos; articulação no território a partir de intercâmbios, encontros e circulação cultural, gerando diversas redes, e na incidência de políticas culturais de base comunitária.

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* Nome da rede ou articulação: Feria de Guancavilca

* Nome do projeto: Guancavilca – Primer Encuentro de Bioproductores Artesanales de Santa Elena

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O Primeiro Encontro de Bioprodutores Artesanais de Santa Elena, que será realizado no distrito de Olón, nasceu da necessidade de visibilizar a criação artística e artesanal dos produtores e bioprodutores das comunas, articular as suas iniciativas em torno do resgate e valorização dos valores ancestrais das suas práticas culturais e interculturais e contribuir para o seu desenvolvimento. Neste evento, será inaugurada a tenda Guancavilca, especializada em expor e fornecer artesanato comunal da província. 

Artesãos de pelo menos 10 comunas de Santa Elena devem participar deste encontro, trazendo produtos agroecológicos, joias, roupas e outras peças feitas com materiais diversos, como metais preciosos, madeira, abacá, guadua, tagua, palha de toquilla, palo santo, muyuyo, folha de palmeira, etc. Também estão previstas apresentações artísticas, palestras educativas e atividades recreativas para crianças.

O projeto apresentado ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 tem como objetivos a conservação do patrimônio imaterial, a valorização da produção artística e artesanal e o uso sustentável dos materiais da região. Além disso, busca oferecer capacitação, empoderamento e alternativas de trabalho para as mulheres da região.

(Fotos: Feria Guancavilca)

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A rede de bioprodutores

A Feira de Guancavilca surgiu em outubro de 2020 por iniciativa do município de Olón, como parte do Festival de Guancavilca, que acontece anualmente. As bioempresas do corredor de Chongón Colonche lideraram a proposta, com a participação de empresários locais e residentes nacionais e estrangeiros, com o objetivo de ter um rendimento permanente para as famílias, dada a necessidade de recuperação da crise derivada da pandemia de Covid-19. 

Segundo seus organizadores, a Feira de Guancavilca é uma iniciativa autossustentável que nasceu com identidade e senso de pertencimento cultural, que está enraizada em suas tradições ancestrais de conservação da terra por meio da produção de artigos e insumos para a sobrevivência das famílias. Entre seus princípios e eixos de atuação estão a horizontalidade e o governo coletivo, as relações interculturais e a equidade entre os empresários.

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Organizações participantes

A Associação Produtiva Artesanal Nobre Guadua foi criada em 2019 em Santa Elena, mas sua história remonta a 2010, quando surgiu como uma corporação reconhecida pelo então MIPRO (hoje Ministério da Produção, Comércio Exterior, Investimentos e Pesca). A associação produz uma gama considerável de produtos utilitários e artesanais à base de cana-de-guaduá, e vem aperfeiçoando designs e acabamentos em móveis, pequenas construções e artigos de uso pessoal, como canudos e kits de talheres. 

O Grupo Agroecológico Valles de Olón, criado em Santa Elena em setembro de 2021, realiza iniciativas como a produção de biol orgânico (composto de frutas locais) e agromil orgânico (repelente à base de plantas medicinais e composto). Seus membros pertencem às comunidades de Olón Sitio Nuevo, San José Río Blanco, Casas Viejas e Febres Cordero.

A Associação de Artesãos de Cerro Grande, por sua vez, desde 2009 desenvolve suas atividades em torno do manejo, criação e comercialização da tagua (palmeira de caule curto e copa frondosa, que produz uma semente cujo endosperma é o marfim vegetal, que é utilizado para fazer botões, amuletos, etc.). A recolha da semente de tagua é feita em vários locais do território montanhoso, contribuindo para a salvaguarda das espécies endêmicas da zona.

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17

maio
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Chacchando Sueños e o V Congresso Latino-Americano de CVC: os projetos do Peru selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 17, maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

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Os dois projetos de redes peruanas selecionados no Edital IberCultura Viva  de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 são o IX Encontro Internacional de Cinema Comunitário Chacchando Sueños, uma iniciativa da Rede Nacional de Microcines Chaski, e o V Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária, promovido por uma rede de diversas organizações de todo o Peru e integrante do Movimento Latino-Americano CVC. Ambos os eventos ocorrerão em outubro.

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(Foto: Grupo Chaski)

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* Nome da rede ou articulação: Red Nacional de Microcines Chaski

*Nome do projeto: IX Encontro Internacional de Cinema Comunitário Chacchando Sueños 

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O IX Encontro Internacional de Cinema Comunitário Chacchando Sueños será realizado de 27 a 29 de outubro de 2022, em 32 distritos de 10 regiões do Peru: Puno, Cusco, Ayacucho, Apurimac, Ica, Lima, Ancash, La Libertad, Piura e Loreto. O evento, uma iniciativa do Grupo Chaski que ocorre há oito anos consecutivos, será realizado em edição presencial na cidade de Ayaviri (Puno), tendo como parceiras duas associações da Rede de Microcine desta região: a Associação de Microcines Chaski Macarí – Chaskimac e o Microcine Musuq Khawariy Hatun Illariypi – Mukhi Microcine.

As atividades são gratuitas, dirigidas ao público em geral (homens e mulheres, de diversas faixas etárias e populações vulneráveis), e têm como finalidade o intercâmbio de saberes e metodologias de trabalho comunitário entre diversos coletivos, redes de educação popular, gestores culturais e público em geral. 

A ideia é realizar seis oficinas de produção audiovisual comunitária voltadas para a população das cidades de Ayaviri (Puno) e Lima, além de 32 exibições com cine-fórum em 32 bairros de 10 regiões do país e duas oficinas sobre o uso de plataformas de comunicação digital. Pretende-se também promover uma reunião de planejamento com os participantes da Rede de Microcines para reativar o trabalho presencial na rede.

(Foto: Grupo Chaski)

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Com as ações propostas, os/as integrantes das organizações comunitárias poderão: a) Aprender o uso do audiovisual como ferramenta de coleta de informações, visibilização e registro da memória do lugar e da organização comunitária. b) Conhecer novas metodologias comunicativas para a abordagem e desenvolvimento do trabalho comunitário; c) Fortalecer seu trabalho de gestão e articulação com outros grupos, organizações e instituições da região; d) Incorporar as dinâmicas de cinema e vídeo fórum no trabalho de comunicação e reflexão das suas organizações; e) Aprender a gestão de redes sociais para troca de bens culturais; f) Conhecer os benefícios do trabalho colaborativo e em rede, para descentralizar as atividades, na atenção às populações que não podem exercer seu direito à educação e à cultura.

Rede de Microcinemas

A Rede Nacional de Microcines Chaski, que apresentou o projeto ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, é uma iniciativa da Chaski Comunicação Audiovisual, uma organização que tem realizado suas atividades através da produção cinematográfica e de projetos sociais, utilizando o potencial comunicativo do cinema como ferramenta promotora de educação, cultura e desenvolvimento. 

Em 2004, o Grupo Chaski promoveu a criação de um grupo de pequenos cinemas comunitários em 32 bairros localizados em 10 regiões do Peru (Puno, Cusco, Ayacucho, Apurímac, Ica, Lima, Ancash, La Libertad, Piura e Loretto). Aproveitando a nova tecnologia digital, foram realizadas oficinas para jovens líderes comunitários, que passariam a administrar os teatros como seus próprios empreendimentos culturais, transformando a rede em espaços alternativos para a exibição de filmes nacionais, latino-americanos e independentes de todo o mundo. 

(Foto: Grupo Chaski)

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Além da Chaski Comunicación Audiovisual, o projeto foi apresentado ao edital do IberCultura Viva pela Associação Microcine Chaski MacaríChaskimac, que desde 2015 desenvolve suas atividades nos distritos de Macarí e Ayaviri, província de Melgar, departamento de Puno. Esta organização tem oficinas voltadas para a comunidade e ações no campo da exibição cinematográfica alternativa. Sua atividade de projeção, com cine-fórum e produção audiovisual comunitária, está descentralizada para os bairros de Macusani, Azángaro e Pucará.

O Microcine Musuq Khawariy Hatun Illariypi – Mukhi Microcinema, outro que participa da proposta, também realiza fóruns de cinema e oficinas de produção comunitária e seus membros produzem seus próprios materiais audiovisuais. O parceiro estratégico deste microcinema é a Prefeitura de Ñuñoa, que cede o auditório municipal para que eles realizem suas atividades, alcançando também os distritos de Ayaviri, Umachiri e Santa Rosa. A candidatura submetida à convocatória do IberCultura Viva menciona ainda outros 29 microcinemas de diferentes distritos envolvidos no evento.

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 Saiba mais sobre o Grupo Chaski:

http://www.grupochaski.org/ https://www.facebook.com/www.grupochaski.org 

https://www.instagram.com/grupo.chaski/


*Nome da rede ou articulação: Grupo Impulsor do V Congresso Latino-Americano de CVC

*Nome do projeto: V Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitaria

O V Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária, que se realizará no Peru de 8 a 15 de outubro, é resultado do trabalho e do compromisso articulado de várias organizações culturais comunitárias (OCCs) do Peru e da América Latina. Seu propósito é gerar um processo pertinente, orgânico e descentralizado que garanta espaços representativos da diversidade e que estimule reflexões e ações em torno do bem viver, fundamental em um contexto de crise civilizatória e ecológica. 

São contemplados espaços de diálogo e intercâmbio de saberes, elaboração de planos de trabalho, apresentações artísticas e ações públicas de incidência, integradas com transversalizadas com enfoque de gênero e interculturalidade. A programação inclui assembleias, 10 círculos da palavra (espaço de diálogo e discussão de uma agenda conjunta), caravanas culturais, oficinas e treinamentos para fortalecer as OCCs sobre arquivos comunitários, espaços descentralizados e exclusão digital.

As atividades serão realizadas em três locais: San Juan de Lurigancho, Ate e Huancayo. San Juan de Lurigancho, localizado a nordeste da região metropolitana de Lima, é um distrito de imigrantes, o mais populoso do país (1 milhão e 100 mil habitantes), que foi criado há 53 anos e tem articulação de redes de organizações culturais. Ate, localizado a leste da região metropolitana de Lima, é um bairro residencial-industrial de 165 anos com ligação ao centro do país; seu governo local promulgou recentemente a ordenança distrital de CVC. Huancayo, capital da província de mesmo nome e da região de Junín, é um distrito de 450 anos localizado no planalto andino central do país, recentemente reconhecido como “Cidade Criativa” pela UNESCO por sua história e diversidade cultural .

As ações descentralizadas em Lima e Junín envolvem espaços de convivência e intercâmbio com os territórios, por meio de roteiros culturais para visitar organizações que desenvolvem ações comunitárias vinculadas aos temas dos círculos da palavra. Além disso, as apresentações artísticas serão abertas para permitir a fruição e o aprendizado das comunidades do entorno. Por outro lado, contribuirá para a economia local através da gestão das necessidades logísticas com empresas do bairro e organizações sociais.

Parte do Grupo Impulsor do Congresso Latino-americano de CVC (Foto: CVC Peru)

Rede proponente

O Grupo Impulsor (GI) do Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária (*) é uma rede de diversas organizações de todo o Peru, membro do Movimento Latino-Americano de CVC, cujo objetivo é realizar este congresso. O acordo para o Peru sediar o V Congresso Latino-Americano de CVC foi feito durante o congresso anterior, realizado na Argentina, em maio de 2019. Esta quinta edição estava prevista para acontecer em 2021, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19. 

Em outubro de 2021, o GI organizou o I Congresso Nacional de CVC em parceria com o município de Chanchamayo, o Ministério da Cultura do Peru e organizações locais. Também realizou projetos de gestão compartilhada, como as Paradas Rumo ao Congresso, os pré-congressos e o Encontro de Comunicação, realizados entre maio e julho de 2021. O V Congresso Latino-Americano de CVC é uma iniciativa que se realiza em coordenação com a Equipe de Apoio da América Latina, instituições públicas e organizações de base nacionais e locais.

Congresso Nacional de CVC, outubro de 2021

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Entidades participantes

A organização responsável pelo projeto é a Associação Cultural Artística e Educacional Haciendo Pueblo, fundada em 1988 por jovens e adolescentes do bairro de Comas. A preocupação dos integrantes em querer expressar suas ideias por meio da arte fez com que se realizassem oficinas de música, dança e teatro. Nos seus mais de 30 anos de existência, Haciendo Pueblo realizou atividades artísticas (espetáculos, festivais) e educativas (oficinas de formação teatral para jovens e crianças, oficinas de formação para professores).

Outro proponente é a Rede Cultural de San Juan de Lurigancho, que existe desde 2011 e lidera a organização de atividades socioculturais para o aniversário da criação política do distrito de mesmo nome. Os serviços logísticos são fornecidos pela rede para as organizações culturais do distrito, que se conectam para o intercâmbio de recursos artísticos. Após apresentar uma proposta de Ordenança Municipal de CVC para San Juan de Lurigancho, a rede se mobilizou para ser uma das três sedes do V Congresso Latino-Americano de CVC.

A Plataforma CVC do Ate (Lima), por sua vez, tem realizado reuniões e acompanhamento para a aprovação da Portaria 566, que regulamenta as políticas públicas de promoção e fortalecimento da Cultura Comunitária Viva no distrito. O projeto de lei foi aprovado por unanimidade em novembro de 2021 pelo Conselho Municipal do Distrito de Ate. A plataforma criada em 2017 também participou da organização de festivais como o Candelaria AteFlock, em fevereiro de 2022.

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(*) O Grupo Impulsor inclui a Associação Cultural Haciendo Pueblo, a Rede CVC Junín, a Rede Cultural de San Juan de Lurigancho, a Plataforma ATE CVC e 29 organizações que se dividem em 4 comissões de trabalho: 1) Comissão de Comunicação – Jakon Nete, Urpicha Perú “Construyendo Esperanza”, La Clínica de los Sueños. Zoe Mukicha,. Capaz, Barrio Digno; 2) Comissão de Incidência: Caro Oviedo, Diversidad Wanka-LGTBIQ, Luna Sol, La Nave de cartón; 3) Comissão de Gestão e Logística – La Mancha, Kimiri bonito, Tránsito Vías de comunicación, Kactus Teatro Circo, Arenas y Esteras, El molinete, Verde compás, Idenlectores, Jampita Suyunchi, Escuela de huaylash HYO, Cultivarte, San Pedro de Saño, Asociación Cultural Raíces Huaraz; 4) Comissão de Conteúdo e Metodologia – Más Cultura Más Perú, A todo Arte, Kerigma, Sapichay, Wayta e Portavoz Perú.

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14

maio
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária: o projeto paraguaio selecionado no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 14, maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

* Nome da rede ou articulação: Red de Puntos de Cultura

* Nome do projeto: Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária do Paraguai

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O Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária, proposto pela Rede de Pontos de Cultura do Paraguai no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, será uma atividade híbrida (presencial/virtual) que acontecerá na cidade de Yaguaron, entre os meses de agosto e outubro de 2022. Além de estabelecer alianças entre os diversos espaços e centros culturais do país, o evento visa promover o diálogo intercultural e multicultural por meio do intercâmbio de boas práticas comunitárias, e instalar competências em gestão cultural, com ênfase nos aspectos conceituais da cultura viva. 

O projeto também tem entre seus objetivos a sistematização do debate acerca do processo de construção de redes de cultura viva comunitária no Paraguai em um documento base de consulta para o desenvolvimento de políticas públicas no setor. Também busca ativar processos culturais promovendo o desenvolvimento sustentável, a cultura da paz, a valorização da diversidade cultural, o equilíbrio e a proteção ambiental.

A Secretaria Nacional de Cultura (SNC) dará suporte técnico, moderando o espaço de diálogo e intercâmbio de experiências e resultados 2021/2022, para a elaboração de um plano de ação que dê visibilidade às prioridades e estratégias a serem implementadas no ano de 2023 com redes conectadas e fortalecidas. 

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Rede de Pontos de Cultura

A Rede de Pontos de Cultura do Paraguai foi criada após o lançamento da convocatória da Secretaria Nacional de Cultura em 2021. É composta por 27 organizações/coletivos que se unem com o objetivo de fortalecer e garantir a sustentabilidade de espaços e centros culturais comunitários, que são ativados localmente e se distribuem em nível nacional como agentes que promovem o desenvolvimento sociocultural em seus territórios. 

Dessa forma, além de contribuir com o setor de cultura viva comunitária por meio da articulação colaborativa entre a rede e o Estado, busca promover a coesão e o protagonismo social como ferramenta de promoção da diversidade de expressões culturais no país, fomentando o pleno exercício da direitos culturais e o reconhecimento das minorias étnicas, dando visibilidade a mulheres e crianças, e para a construção de um papel mais participativo, intergeracional e intercultural.

Encontro dos Pontos de Cultura do Paraguai, dezembro de 2021 (Fotos: SNC)

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Organizações participantes

A Red de Espacios y Centros Culturales del Paraguay, responsável pelo projeto selecionado no edital, é uma organização sem fins lucrativos criada em 2018, como resultado de oficinas de formação em planejamento e gestão cultural e encontros participativos dentro do projeto “Espacios Culturales, dinamizadores del cambio en una comunidad“, desenvolvido com o apoio da Secretaria Nacional de Cultura e do Fundo Nacional da Cultura e das Artes (FONDEC). 

A rede reúne diversos espaços e centros culturais públicos, privados e comunitários, estabelecidos em todo o território nacional. Busca fortalecer a institucionalidade dos centros culturais com projetos formais e de qualidade, pautados no respeito à diversidade, e inclusivos, no seu papel de agentes multiplicadores que possibilitam a descentralização da gestão cultural pública. Também procura promover os centros culturais como catalisadores de mudança através da cultura viva, com a proteção do patrimônio cultural e sua valorização.

Outra organização participante é a Federação de Entidades Culturais do Departamento de Paraguarí, fundada em 2020 como uma associação voluntária sem fins lucrativos, aberta para a gestão, o apoio e a cooperação no fortalecimento e promoção das atividades de seus associados. Suas principais atividades incluem: desenvolvimento do Acampamento Cultural, seminários sobre educação e cultura, oficinas de revitalização de patrimônios, cursos e oficinas de fortalecimento de centros culturais e bibliotecas comunitárias. 

O Centro Cultural Melodia, criado em 2001 em Villa Hayes, no Chaco paraguaio, é um dos mais de 20 espaços mencionados como participantes do Encontro Nacional de Gestão Cultural Comunitária. Entidade civil sem fins lucrativos para o bem comum, funciona como uma associação cuja missão é “enriquecer a vida e o potencial humano de crianças e jovens com contribuições culturais e tecnológicas”. Antes de o Centro Cultural Melodia abrir suas portas em Villa Hayes, não havia acesso à internet em locais públicos. Tampouco havia uma biblioteca que atendesse à comunidade. 

Também estão envolvidos no projeto: o Conservatório Departamental de Música Dr. Pablo Contessi Pérez, o Centro Cultural Carlos Colombino, o Espaço Cultural Mburukuja, o Centro Cultural Pumbasy, o Centro Cultural Emiliano R. Fernandez, a Fundação Sagrada Família, o Coletivo Cultural e As Missões Turísticas, o Centro Cultural Divino Niño, a Associação dos Corredores Unidos del Paraguai, o Centro Cultural Mercedita, o Centro Cultural Guavira Poty, o Centro Cultural Maria Auxiliadora, a Casa da Cultura Pilar-Ñeembucu, o Ministério do Turismo e Cultura São Pedro, Espaço Cultural Ka’avo, Centro Cultural Assombrado Cántaro, Centro Cultural Comunitário Estação Iturbe, Centro Histórico Cultural Sapucaí, Somos Patrimônio, Teatro Aéreo Nhi Mu, Centro Cultural Superarte, Centro Experimental de Recursos Medicinais, Centro Cultural El Políglota, Biblioteca Municipal Prof. Marciana Insfrán de Díaz, Espaço Cultural Fundación Arandu Rekávo e Fundação Tío Kilo/ Elenco Folclórico Minguero Jeroky.

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13

maio
2022

Em Editais
Notícias

Por IberCultura

Conheça os projetos da Colômbia selecionados no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 13, maio 2022 | Em Editais, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva anunciou nesta sexta-feira, 13 de maio, os dois projetos da Colômbia selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022. Estas propostas de eventos foram as que obtiveram a maior pontuação entre as 113 inscrições enviadas por redes colombianas nesta edição da convocatória. As duas receberão um apoio de 5 mil dólares cada.

O primeiro colocado por Colômbia foi a 1ª Convenção de Mulheres Negras da Amazônía Colombiana: “Território, saberes e cuidado coletivo”, proposta pela Red de Organizaciones de Base Afrocolombianas del Municipio de Florencia (Frema, Afrocaq, Fumanú). O segundo lugar ficou com “Juntanza Intercultural de Saberes Musicales Propios”, apresentada pela rede Ty Kuvx Juinjaye.

Os dois projetos se somam aos outros 22 que haviam sido publicados na última segunda-feira, 9 de maio, provenientes de Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai (país convidado), Peru e Uruguai. As 24 redes selecionadas neste edital serão contactadas pela Unidade Técnica de IberCultura Viva para realizar os trâmites que permitam o pagamento dos recursos financeiros às organizações responsáveis.

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Convocatória

O Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 teve inscrições abertas no Mapa IberCultura Viva entre o dia 14 de janeiro e 14 de março. Nesse período foram enviadas à plataforma 251 postulações dos 12 países participantes. 

Podiam se candidatar redes ou articulações que contassem com ao menos três organizações culturais comunitárias interessadas em realizar um evento de maneira conjunta, entre maio e outubro de 2022. Os eventos apresentados podiam ser assembleias, encontros, congressos, seminários, festivais, feiras, colóquios e simpósios, com alcance municipal, provincial, nacional ou internacional, desde que com entrada livre e gratuita.

Na seleção dos projetos foram levados em conta critérios como a adequação aos objetivos estratégicos do programa IberCultura Viva, os impactos artístico-culturais, econômicos e/ou sociais da proposta, a experiência da rede ou articulação proponente, a avaliação da proposta técnica, e a coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho aos objetivos e estratégias propostos.

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Confira a ata de seleção:

Informação às Pessoas Interessadas IV – Etapa de Seleção – Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 – Especial Colombia

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Leia também:

22 projetos foram selecionados no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2022

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10

maio
2022

Em Notícias

Por IberCultura

Conectando culturas, arte e criatividade: o projeto da Espanha selecionado no Edital de Apoio a Redes 2022

Em 10, maio 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

Nome da rede ou articulação: Comunidad VEDI

Nome do projeto: Encuentro Internacional Biocreativa>Plasticópolis

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O Encontro Internacional Biocriativa>Plasticópolis, proposto pela Comunidade VEDI no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, será um evento itinerante pela costa norte da Península Ibérica, com início em Compostela e final em Donostia (San Sebastián). A atividade está prevista para realizar-se entre maio e julho deste ano.

“Plasticópolis” é uma web série distópica co-criada por jovens de diversas culturas, como estratégia de sensibilização sobre os riscos da crise climática em nível local e sua interdependência global. Idealizada durante o 1º Encontro Internacional VEDI, evento que foi selecionado no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes 2016, conseguiu reunir jovens de coletivos indígenas, rurais, ecofeministas, LGBTQIA+ e artivistas, entre outros. Seis curtas-metragens experimentais e três documentários servem como ponto de partida narrativo, crítico e de estilo para este novo projeto. 

Seu antecedente é a oficina “Monstruópolis”, realizada no Peru, no Brasil, no Chile, na Guatemala, no México e na Espanha. A partir de “Monstruópolis”, no Peru (fevereiro de 2022), se deu forma à nova série, que decidiram chamar de “Plasticópolis”. O encontro proposto para este ano tem como propósito terminar a primeira temporada da web série de ficção científica e desenhar a segunda de maneira conjunta. “Filmaremos sequências com participantes reunidos e celebraremos um evento de estreia da primeira temporada”, conta Guillermo Maceiras, cofundador e coordenador da Associação Ventana a la Diversidad (VEDI), responsável pelo projeto. 

O objetivo geral do Encontro Internacional Biocriativa>Plasticópolis, segundo ele, é “promover uma rede juvenil ibero-americana onde analisar, debater, idealizar e colocar em marcha iniciativas que contribuam para melhorar as problemáticas sociais e meio ambientais, identificadas através de um enfoque de inovação intercultural de cocriatividade para a transformação social”. 

As organizações comunitárias e coletivos participantes do projeto são parte integrante de sua estratégia de sensibilização comunitária, tanto local como on-line. Todo  fluxo de trabalho se baseia nos chamados “processos de cocriação intercultural e transcultural”. Por um lado estão as oficinas com a juventude, lideradas pelos pontos focais do projeto em cada comunidade e avaliados por uma organização comunitária. Por outro, a colaboração entre jovens de diferentes nacionalidades busca promover uma cultura de paz e a convivência na diversidade em nível internacional. 

Além da estreia dos nove capítulos da primeira temporada da série, será editado um curta-metragem documentário da experiência, três cápsulas audiovisuais para redes sociais e conteúdos multimídia de sistematização para replicar a metodologia de oficinas cocriativas comunitárias da segunda temporada. Também estão previstas estreias presenciais em cada uma das comunidades participantes.

Rede proponente

A Comunidade VEDI é uma plataforma que conecta jovens diversos através da arte, da criatividade e da tecnologia. Defendendo que toda solução para o futuro do planeta deve ser criativa e estar baseada na colaboração, a plataforma nasceu em 2013, graças ao apoio do Fundo Internacional para a Promoção da Cultura (FIPC) da UNESCO, que financiou o projeto “Ventana à Diversidade”, inicialmente centrado em quatro países: Guatemala, Peru, Espanha e Indonésia. 

Esta proposta correu 2014 e 2015, e acabou derivando na formação de uma associação em Gipuzkoa (País Vasco) em 2016 e na realização de iniciativas que receberam o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural da UNESCO (FIDC 2017/18) e o Prêmio à Inovação Intercultural das Nações Unidas (UNAOC, 2019/20). A associação desenvolveu projetos e iniciativas colaborativas com jovens e formações técnicas para profissionais de cultura comunitária em 12 países da Ibero-América.

 

Organizações participantes

As três organizações que apresentaram esta proposta são Ventana a la Diversidad (Espanha), Cultura Savia (México) e OpenLab Equador. Além dessas três, o projeto selecionado no Edital de Apoio a Redes 2022 conta com a participação de Autoridades Ancestrales Kaqchikeles y Kiches, do município de San Andrés Semetabaj, Sololá, Guatemala.

EspanhaVentana a Diversidad, organização responsável pelo projeto, nasceu no País Vasco, mas os ventaneros e ventaneras estão em várias partes do mundo, conectados através da arte e da criatividade. A associação, que tem sede em Donostia (San Sebastián), aposta na educação para a transformação social, a favor da convivência intercultural e o meio ambiente.

Desde sua fundação, Ventana a Diversidad tem colocado em marcha dois programas temático-sistêmicos e um pedagógico-experimental. Este último se trata de Emprende por Diversidad (ExD), que promove a diversidade e a cultura de paz, estimulando o empreendimento jovem em indústrias criativas, desde uma perspectiva de economia solidária e regenerativa, que serve de marco metodológico para os outros dois programas. Um deles, Fronteiras Imaginárias, está centrado na resolução de conflitos baseados na intolerância ao diferente e a favor da convivência na diversidade. O outro programa, Biocriativa, fortalece o vínculo entre a cultura de raiz e a defesa do meio ambiente através da criatividade. 

MéxicoCultura Savia, criada em Mérida (México) em março de 2014, é outra organização que aposta na construção colaborativa, promovendo ações socioculturais e buscando co-crear experiências para a abordagem de problemáticas que afetam o bem comum. Para seus integrantes, as pessoas e organizações estão interconectadas e alcançam seu máximo potencial quando caminham juntas e em coletivo. 

A Escola de Paz, uma das iniciativas de Cultura Savia, é uma experiência de acompanhamento formativo desenvolvida por meio de atividades acadêmicas, encontros entre jovens, grupos de atividade infantil, assessoria e oficinas de paz. A organização também oferece oficinas e cursos a organizações interessadas em fortalecer enfoques colaborativos e disponibilizar ferramentas para construir uma cultura de paz em seus grupos ou comunidades ou aprofundar em metodologias que complementam suas ações.

Equador – Criado em Quito em maio de 2021, OpenLab Ecuador é um laboratório cidadão que busca gerar diálogos e experiências relacionadas à cultura digital, à participação cidadã e ao conhecimento aberto. Seus integrantes são ativistas pelo movimento de software livre, da educação popular e crítica, da ciência cidadã, da privacidade, da inovação aberta, do desenvolvimento do pensamento computacional e do intercâmbio de saberes em horizontalidade. 

Esta organização sem fins lucrativos, “redistributiva e autogestiva”, busca apoiar as comunidades de cultura livre e digital do Equador. Entre as atividades que realizam se encontram debates, cursos, laboratórios, projetos sociais, mentorias, exposições de arte, mapeamentos, conferências e hackatones (encontros de programadores para desenvolver ou melhorar um software), desde uma perspectiva aberta e colaborativa. 

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(Fotos: capturas de tela da série “Plasticópolis”)

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17

fev
2022

Em Notícias

Por IberCultura

15 indígenas da Argentina, do Brasil e do Equador lançam o e-book “De Abya Yala com Amor”

Em 17, fev 2022 | Em Notícias | Por IberCultura

 

Em outubro de 2021, 15 indígenas de distintas regiões de Argentina, Brasil e Equador começaram a partilhar experiências, opiniões, visões, saberes e sentimentos através das ferramentas digitais. Ao longo de dois meses, esses sete homens e oito mulheres pertencentes a 12 povos/etnias realizaram seis “fogueiras digitais” de aproximadamente duas horas. Nesses encontros (por Zoom com transmissão por YouTube), deixaram a palavra correr, como tradicionalmente acontece nas comunidades indígenas quando se reúnem ao redor do fogo. 

O e-book “De Abya Yala com Amor”, que o coletivo agora apresenta em sua primeira versão com alguns textos em português e outros em espanhol, é um dos resultados desses intercâmbios digitais desenvolvidos no projeto “Diversidade Indígena Viva”. A iniciativa foi uma das 20 propostas selecionadas no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021.

Esta semana duas “fogueiras digitais” serão armadas especialmente para o lançamento da publicação, com a participação de algumas das pessoas autoras e transmissão pelo canal  www.youtube.com/mensagensdaterra. O encontro em espanhol será nesta quinta-feira, 17 de fevereiro, às 17h do Equador e 19h da Argentina. A versão em português ficou marcada para a sexta-feira, 18 de fevereiro, às 18h de Brasília. 

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Mensagens para a humanidade

“De Abya Yala com Amor” é um livro coletivo em que cada autor/a indígena traz uma mensagem para a humanidade que renasce neste momento de crises superpostas (ambiental, econômica, sanitária). Para esta comunidade intercultural de aprendizagem livre, estamos no meio de grandes mudanças, desafiados a mudar nossos paradigmas.

Esta versão original da publicação, com 90 páginas, tem os textos em espanhol ou em portugués, conforme foram enviados por seus autores/as em janeiro de 2022. A ideia é lançar posteriormente uma versão toda em espanhol e outra em português.

Além dos textos para o e-book, as fogueiras digitais realizadas em 2021 renderam mais de 40 vídeos curtos, editados pelo diretor audiovisual Sebastián Gerlic, argentino radicado no Brasil que compartilhou a gestão deste projeto com os indígenas  Mariela Tulián (Argentina), Angel Eras (Equador) e Nhenety Kariri-Xocó (Brasil). Estas “chispas” (em espanhol) ou “faíscas” (em português), com trechos dos depoimentos das pessoas autoras do livro, estão disponíveis no canal www.youtube.com/mensagensdaterra.

Da Argentina participam Tinkina Solita Tonokoté (Santiago del Estero); Lecko e Haylly Zamora Wichi (Chaco); Liliana Claudia Huarpe (Mendoza), e Mariela Comechingón Sanavirón Tulián (Córdoba). Do Brasil: Horopakó Desana (Amazonas); Cacique Kaji Waurá (do Xingu); Morubixabas Itamirim e Weramoru Tupi Guarani (São Paulo); Nhenety Kariri-Xocó (Alagoas) e Maria Pankararu (Pernambuco). Do Equador: Lauro Jerônimo Saant e Yamanua Shuar (Amazonas); José Atupaña Guanolema (kichwa-Puruhá) e Ángel Ramírez Eras, da cultura Palta, da região de Loja.

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📌Saiba mais sobre o projeto: http://www.thydewa.org/abyayala/

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12

jan
2022

Em Destaque
Editais
Notícias

Por IberCultura

Um guia sobre o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022

Em 12, jan 2022 | Em Destaque, Editais, Notícias | Por IberCultura

As inscrições do Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022 estarão abertas até o dia 14 de março a organizações culturais comunitárias que apresentem uma proposta de evento para ser realizada em conjunto com ao menos outras duas organizações ou povos originários nos países integrantes do IberCultura Viva. O formulário para a postulação está disponível na plataforma Mapa IberCultura Viva. 

Os eventos inscritos poderão ser de alcance municipal, estadual, nacional ou internacional e deverão ser realizados entre maio e outubro de 2022. Serão aceitos como eventos: assembleias, encontros, congressos, seminários, festivais, feiras, colóquios e simpósios. Os projetos selecionados receberão até 5 mil dólares cada um. 

Com este edital, o programa busca apoiar eventos desenhados para fortalecer a articulação e o trabalho em rede das organizações culturais comunitárias, em nível local, nacional ou internacional, e cuja forma de gestão se desenvolve a partir da articulação e do trabalho conjunto das organizações culturais comunitárias participantes. 

A seguir, apresentamos um guia que pode ajudar a realizar sua inscrição.

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REQUISITOS

A quem está dirigido o edital?

Podem se inscrever no edital redes ou projetos de trabalho colaborativo que reúnam pelo menos três organizações culturais comunitárias (OCC) ou povos originários nos países que fazem parte do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai (país convidado), Peru e Uruguai. 

Estas organizações deverão trabalhar de maneira articulada e colaborativa. Uma delas (com personalidade jurídica) deverá ser a organização responsável que ficará a cargo da administração dos recursos. Entende-se por OCC as organizações sociais (sem fins lucrativos), com ou sem personalidade jurídica, que trabalham a partir da cultura para promover o desenvolvimento comunitário. 

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Quais são os requisitos para que uma OCC/coletivo ou povo seja a organização responsável pela inscrição?

A organização responsável pela inscrição deverá contar com personalidade jurídica (CNPJ) vigente e ser do tipo sem fins lucrativos. Também é necessário ter ativa uma conta bancária institucional que lhe permita receber os recursos caso o projeto seja selecionado.

No caso do Brasil, é necessário que a organização responsável seja um Ponto ou Pontão de Cultura reconhecido e certificado pela Secretaria Especial de Cultura, com cadastro atualizado na Rede Cultura Viva.

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Como devem ser os eventos propostos pelas organizações?

As redes ou articulações de organizações interessadas em participar do edital podem apresentar uma proposta de encontro, assembleia, congresso, seminário, festival, feira, colóquio ou simpósio. Os eventos apresentados deverão ser executados entre maio e outubro de 2022, com entrada livre e gratuita. 

Os eventos deverão contar com as autorizações e habilitações pertinentes para sua realização e respeitar as exigências das autoridades competentes, incluindo as de segurança e higiene e preventivas de saúde, nas localidades onde serão realizados. Pelo contexto sanitário atual, os projetos deverão adaptar suas atividades de maneira obrigatória às normativas de seu país. 

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REGISTRO

Como iniciar a inscrição?

Para inscrever-se num edital do programa é necessário primeiramente registrar-se como agente cultural no Mapa IberCultura Viva. Esta plataforma permite o registro de dois tipos de agentes: individual e coletivo. Por agentes individuais compreendem-se as pessoas físicas, e por agentes coletivos, as organizações culturais comunitárias, entidades, povos originários, coletivos, agrupações e instituições. No caso deste edital, é obrigatório registrar o perfil de agente individual (a pessoa física que será responsável pela inscrição). 

Atenção: O sistema só aceita inscrições de agentes individuais nos editais. Caso o perfil da pessoa responsável pela inscrição esteja registrado como “agente coletivo”, é necessário mudá-lo para “individual” e assim poder encontrar seu nome no campo de busca da página inicial do concurso.

(Aqui está um guia que pode ajudar com o registro do perfil: http://iberculturaviva.org/manual).

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Se a pessoa responsável pela inscrição já participou de outro edital IberCultura Viva por meio desta plataforma, deve se registrar mais uma vez como agente?

Não. Pessoas que já participaram de algum edital do programa publicado no Mapa IberCultura Viva, ou já completaram seu perfil nesta plataforma, não necessitam registrar-se uma vez mais como agentes; basta ingressar em seu perfil para iniciar a inscrição.

O campo “Registrarse” na página inicial é usado apenas na primeira vez. Nas próximas vezes, você deve clicar “Ingresar” para ter acesso ao seu perfil. (Caso tenha esquecido a senha cadastrada, clique em “Olvidé mi contraseña”). Obs: Na primeira vez, ao fazer o registro, o agente é direcionado automaticamente para o perfil. Depois, será necessário clicar em “Editar” para poder acessar/modificar os dados do cadastro.

Atenção: tenha em conta que são duas etapas para se inscrever no edital: 1) completar o registro de agente individual no Mapa IberCultura Viva (se já o fez em outros editais do programa, deverá usar o mesmo registro); 2) completar o formulário de inscrição do concurso.

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Uma vez concluído o registro de agente, onde encontrar o formulário de inscrição do edital?

Quando tiver o perfil de agente registrado, clique em “Editais” (na parte superior da tela) e vá até o arquivo que aparece com o título ““Convocatoria IberCultura Viva de Apoyo a Redes y Proyectos de Trabajo Colaborativo 2022”. (Desta vez o formulário se encontra em espanhol e português; o regulamento também aparece primeiro em espanhol, depois em português). 

Para iniciar sua inscrição, clique no campo de busca, localize o seu nome (o registro de agente individual/pessoa física previamente cadastrado) e selecione a opção “Realizar inscrição”, disponível ao lado do campo de busca.

Complete as informações requeridas no formulário de inscrição. A qualquer momento é possível salvar os dados de sua inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Feito isso, é possível sair da plataforma e continuar o preenchimento em outro momento, antes do término do período de inscrições.

O sistema gera um “número de inscrição”, que deverá ser informado ao entrar em contato com o programa IberCultura Viva para obter alguma informação sobre sua proposta.

Atenção: Em qualquer momento é possível salvar os dados da inscrição utilizando o botão “Salvar” no canto superior direito. Fazendo isso, é possível sair da plataforma e continuar em outro momento, antes do término do período de inscrição. 

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FORMULÁRIO

Que documentos devem ser preenchidos e/ou enviados?

Além do preenchimento do formulário específico do Edital de Apoio a Redes 2022 que se encontra disponível no Mapa IberCultura Viva, os candidatos devem enviar (em anexo ao formulário) dois documentos: 1) o certificado de personalidade jurídica (CNPJ) da organização/coletivo(*); 2) a carta aval em que é designada a entidade responsável pela inscrição e definidas as responsabilidades de cada organização/grupo/ povo no projeto. O orçamento e o cronograma do projeto também devem ser enviados em anexo, conforme modelo encontrado no formulário.

Para os candidatos do Equador, Brasil e México, aparecerá um campo específico para envio do comprovante de inscrição no RUAC, o certificado de inscrição como Ponto de Cultura ou a inscrição no Registro Nacional de Espaços, Práticas e Agentes Culturais (TELAR).

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Como apresentar a rede ou articulação que desenvolverá a proposta do candidato?

O agente responsável pela inscrição será uma pessoa física, previamente cadastrada como agente individual na plataforma. No formulário este será o primeiro campo que aparecerá. Em seguida virão os dados da rede ou articulação que apresenta o projeto (deve-se reportar o nome da rede e uma breve descrição, com objetivo, histórico, etc.).

Na primeira parte do formulário, “Dados da rede ou articulação”, encontram-se os campos para preenchimento dos dados das organizações/coletivos que compõem a rede ou articulação (cidade, país, área de atuação, ano de fundação, e-mail, um breve resumo de suas atividades). É necessário preencher os três itens (1, 2 e 3 iguais), um para cada organização/coletivo, pois este é o número mínimo de membros que devem fazer parte da rede ou articulação. No caso de haver mais membros, existe mais um campo onde pode ser anexada uma lista.

Nesta parte encontram-se também os campos para informar a entidade responsável pela administração do projeto, enviar o certificado de personalidade jurídica e a carta aval em que são definidas as responsabilidades de cada membro da rede. 

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Como apresentar a proposta da rede ou articulação?

A segunda parte do formulário é dedicada aos dados do projeto. Lá você deve informar o nome, local de realização, data de início, data de término, descrição, objetivos, metas, resultados esperados.

Uma das questões que aparecem no formulário é se o projeto propõe ações de reconhecimento e fortalecimento da identidade cultural. Também se pergunta se o projeto inclui características inovadoras e/ou relevantes para a comunidade e se inclui a perspectiva de gênero (descreva como; caso contrário, responda apenas “não contempla”). As ações de comunicação, documentação e registro que serão realizadas também devem ser informadas.

No campo de descrição da “Estrutura de Gestão” devem ser incluídas as responsabilidades assumidas por cada membro da rede ou articulação. Espera-se também que as estratégias de monitoramento e avaliação, a equipe técnica e a participação de outros atores na proposta (prefeituras, instituições públicas e/ou privadas, por exemplo) sejam informadas, caso existam.

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Como apresentar o orçamento do projeto?

Cada projeto selecionado neste edital pode receber até US$ 5 mil para despesas de produção e comunicação do evento proposto. Na parte final do formulário de inscrição encontram-se os campos onde deverá constar o orçamento para o projeto. Os dois últimos campos destinam-se ao envio do orçamento e do cronograma do projeto em anexo, conforme os modelos que estão disponíveis para download no formulário.

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Como preencher a carta aval?

Neste campo do formulário (item 5.1) existe um modelo de carta aval para baixar. É um documento simples, no qual se deve dizer que as pessoas abaixo assinadas expressam seu aval à organização que se apresenta como a entidade responsável pelo projeto, que se encarregará da administração dos recursos. Também deve ser esclarecido como as responsabilidades foram distribuídas entre as organizações que compõem o projeto (a organização X é responsável por uma determinada tarefa, o grupo Y tem essa missão, etc.). 

É necessário baixar o modelo disponível (para o Brasil, há versão em português), preencher os campos obrigatórios, imprimir, coletar as assinaturas dos responsáveis ​​pelas organizações que compõem a rede, e enviar este certificado assinado, anexando o arquivo ao formulário por foto ou scanner.

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ENVIO

Como saber se a inscrição foi enviada?

A proposta será enviada para a participação no edital somente após o preenchimento de todos os campos do formulário e a inclusão dos anexos obrigatórios. Caso o registro de agente na plataforma não tenha sido completamente preenchido, não será possível enviar a inscrição. O sistema apresentará um alerta (um ponto de exclamação “!” em vermelho, em que se deve clicar para saber onde está o problema). Se o erro estiver no registro de agente, será necessário clicar no seu nome ou na sua imagem de perfil, acessar “Meu perfil” e editar seu registro, completando todos os campos do formulário que estiverem marcados com o símbolo “*”. Também é preciso selecionar ao menos uma área de atuação, no canto superior esquerdo da página de registro.

Revise as informações antes de clicar em “Enviar inscrição”. Após o envio, não será possível editá-la. A plataforma exibirá a tela de confirmação do envio|: o dia e o horário do envio aparecerão na tela com uma tarja verde.

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AVALIAÇÃO

Como se dá o processo de seleção?

O processo de avaliação do edital tem duas etapas: habilitação e avaliação. Na primeira etapa, a Unidade Técnica do IberCultura Viva revisará a documentação enviada, para ver se os anexos foram enviados corretamente, se o projeto reúne ao menos três organizações culturais comunitárias, se elas são provenientes de países membros do programa. As organizações que tiverem enviado a documentação corretamente passarão à etapa seguinte, de avaliação.

Na segunda etapa, uma comissão composta por quatro membros pertencentes às instituições representantes de países ante o programa (REPPI) estará encarregada de realizar a seleção dos projetos apresentados. A avaliação se dará conforme os critérios estabelecidos previamente no regulamento do edital.

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Quais são os critérios de avaliação?

A seleção levará em conta, por exemplo, se a proposta propicia o desenvolvimento de uma cultura cooperativa, solidária e transformadora, mediante o fortalecimento da capacidade de organização comunitária. Também contarão pontos na avaliação se o projeto promove ações de formação cultural e fortalecimento das identidades culturais; se desenvolve ações de comunicação, documentação e registro nas comunidades e redes em que atuam; se propõe características inovadoras e/ou relevantes para a comunidade; se inclui a perspectiva de gênero de forma transversal; se aborda atividades com temáticas específicas e significativas para comunidades vulneráveis, coletividades, minorias étnicas, etc.

Além da adequação aos objetivos estratégicos do programa, serão avaliadas a experiência da rede ou coletivo proponente e a proposta técnica apresentada. Neste caso, se observará se os objetivos estão explicitados de forma clara e bem definidos; se são pertinentes as estratégias e objetivos em relação aos resultados esperados; se explicitam coerentemente as etapas/ações para o desenvolvimento do projeto; se contam com uma equipe técnica adequada para a realização da proposta; se incluem adequada estrutura de gestão e estratégias de monitoramento e avaliação, se há coerência e adequação do orçamento e do plano de trabalho. 

Confira o regulamento do concurso: https://bit.ly/33padQX

Inscreva-se: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/199/

Como se inscrever no Mapa IberCultura Viva: https://iberculturaviva.org/mapa-ibercultura-viva/?lang=es

Consultas: programa@iberculturaviva.org

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24

nov
2021

Em Notícias

Por IberCultura

Partilhando saberes tradicionais: os dois projetos do Brasil selecionados no Edital de Apoio a Redes 2021

Em 24, nov 2021 | Em Notícias | Por IberCultura

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 Nome do projeto: Okan Ilu – Tambor do Coração

Dados da rede ou articulação: Rede de Envolvimento Solidário e Multiversidade Mãe Preta dos Povos da Terra

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O Okan Ilu (Tambor do Coração), uma das propostas brasileiras selecionadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021, é um momento de encontro da Rede de Envolvimento Solidário, um momento de partilha cultural e artística dos povos negro e indígenas. Realizado anualmente desde 2015 em Triunfo (Rio Grande do Sul), é um ritual de culminância das atividades da Comunidade Kilombola Morada da Paz – Território de Mãe Preta (CoMPaz), um coletivo constituído majoritariamente de mulheres negras.

A Morada da Paz é “um modo de ser e de viver”, como dizem as mais velhas da comunidade, e tem como projeto existencial a defesa da vida e da diversidade. O calendário da comunidade é constituído por datas sagradas voltadas tanto para ritualísticas de atendimento espiritual, quanto para atividades voltadas para a preservação e disseminação da cultura afro-brasileira. Ali são promovidos encontros entre diferentes lideranças dos povos originários e comunidades tradicionais, com o intuito de construir redes de articulação política, cultural e espiritual em defesa da vida. 

Fotos: Okan Ilu 2020

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O projeto apresentado ao Edital de Apoio a Redes tem entre seus objetivos reconhecer as tradições, a memória, a história e a cultura afro-brasileira e celebrar a vida dos povos e comunidades tradicionais através dos tambores sagrados na CoMPaz; salvaguardar, transmitir e honrar a força ancestral dos povos de terreiro e quilombolas; construir ações em unidade, como redes, projetos conjuntos, parcerias e alianças que derivam desses encontros.

A proposta prevê a realização de oficinas e vivências de partilha de saberes e fazeres ancestrais dos povos e comunidades participantes do Okan Ilu, e ipàdés (círculos sagrados de diálogos) com a participação dos anciões e anciãs da Comunidade Morada da Paz. Também estão previstas apresentações artísticas e culturais dos diversos povos e coletivos presentes, como o Grupo Semente de Baobá, formado por jovens da Comunidade Morada da Paz, os tambores do candombe uruguaio da Nação Zumbalelê, as maracas e flautas indígenas e declamações de poesias, cirandas e a contação de histórias e lendas dos povos tradicionais pelos mestres da Cultura Viva, além de rodas de capoeira.

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Organizações participantes

A Comunidade Kilombola Morada da Paz trabalha com a recuperação da história, da memória e da cultura ancestral afro-brasileira desde 2003, sendo sede do Omorodê Ponto de Cultura da Infância e da Escola CoMKola Kilombola Epè Layiè. Desenvolve oficinas e vivências tanto na sede como em outros espaços, inclusive em ambiente virtual, trabalhando com a educação, a espiritualidade, a cultura, a arte e a saúde holística. 

O Instituto CoMPaz, que faz parte deste projeto, realiza desde 2015 cursos, palestras e oficinas nas áreas de cultura, educação, espiritualidade, permacultura, agroecologia e ciências, com crianças e jovens de escolas de Montenegro, Triunfo e da região metropolitana de Porto Alegre. Também desenvolve projetos de empreendedorismo sociocomunitário com jovens da Comunidade Morada da Paz e de sua biorregião.

(Foto: Nación Zumbalelé)

Outra organização participante é Nación Zumbalelé, de Salinas (Uruguai). Este Ponto de Cultura uruguaio trabalha desde 2001 com pesquisa, educação e prática do candombe, cultura afro-uruguaia e equidade racial, realizando intercâmbios pela América Latina, inclusive com uma participação do Okan Ilu, na Comunidade Morada da Paz, em 2019.

Já o Ponto de Cultura A Bruxa tá Solta, de Boa Vista (Roraima), começou em 1992 como um grupo de teatro. Em 2016, ampliou suas atividades como Ponto de Cultura, e em 2017 se reorganizou novamente, agregando comunidades e grupos numa rede focada na gestão cultural, com ênfase nas tradições populares da Amazônia, com recorte em Roraima. Dessa aliança com o Ponto de Cultura fazem parte 25 grupos/comunidades de seis municípios.

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Assista ao vídeo do Okan Ilu realizado em 2020:


 * Nome do projeto: Fórum Sagarana: Saberes Tradicionais, Cultura e Mudanças Climáticas

* Nome da rede ou articulação: Fórum Sagarana: Saberes Tradicionais, Cultura e Mudanças Climáticas

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O Fórum Sagarana: Saberes Tradicionais, Cultura e Mudanças Climáticas é uma proposta de articulação em rede para a produção de uma série de atividades, diálogos e formações, focando no fortalecimento institucional de organizações e comunidades presentes no território do Vale do Rio Urucuia, na Região Norte-Noroeste do estado de Minas Gerais, Brasil. 

Com sede na cidade de Arinos, o projeto visa – a partir de três eixos de atividades –, o diálogo sobre temáticas que permeiam a conservação dos saberes tradicionais, o desenvolvimento sociocultural, as juventudes, a comunicação e o impacto das mudanças climáticas na agenda global até 2030. O objetivo é criar um ambiente de debate que fomente reflexões e gere impactos positivos nas estruturas das organizações e comunidades alvo do fórum.

A proposta privilegia os princípios da pedagogia griô, buscando dialogar e abordar de forma efetiva e integrada com a realidade e a visão de mundo dos diferentes atores das comunidades cerratenses, sertanejas e interioranas, assim como quilombolas, respeitando seus modos de vida e criando pontes entre a oralidade e o conhecimento formal. 

A ideia é que as rodas de prosa, os círculos dialógicos, as oficinas de elaboração do conhecimento e produção partilhada e as formações técnicas sejam realizadas com a comunidade – nunca para a mesma –, dialogando também com metodologias de cocriação artística, de mapeamento afetivo, de pesquisa-ação e de economia solidária.

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Vila de Sagarana (Foto: CineBaru)

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A escolha da Vila de Sagarana para o fórum foi pensada como uma ação para reconhecer e fortalecer a identidade geraizeira e dos povos do Cerrado. A pequena vila de 300 habitantes está localizada no sertão de Veredas, narrado por João Guimarães Rosa, na mata seca, fitofisionomia única e rara do cerrado, um território altamente biodiverso, rico em tradições e de culturas únicas, ainda pouco conhecido e já muito ameaçado. Segundo o Sexto Relatório de Avaliação (AR6/WG1), do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, esse território tem enfrentado secas mais intensas e temperaturas mais altas, sendo uma das áreas do mundo onde a mudança do clima provocará efeitos mais drásticos.

Como resultados do projeto, espera-se o fortalecimento de articulações, em nível regional, para a constituição dos espaços de diálogos entre comunidades, organizações e instâncias de governança em prol da valorização do sentimento de pertencimento, da atenção aos impactos ambientais provocados pelas mudanças climáticas, assim como para a conscientização para a conservação da memória e histórica socioculturais dos povos tradicionais presentes no território do Vale do Rio Urucuia.

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Histórico da rede

A rede do Fórum Sagarana possui um amplo histórico de diálogos, debates e atividades construídas em prol do desenvolvimento social, cultural, ambiental e econômico do território, agindo conjuntamente com instâncias governamentais e da sociedade civil. 

Dentre as atividades promovidas conjuntamente por instituições presentes na construção da proposta do Fórum Sagarana, estão as sete edições do Encontro dos Parceiros do Vale do Rio Urucuia (2009-2015); sete edições do Festival Sagarana (2008-2015); cinco edições do projeto O Caminho do Sertão (2014-2019), cinco edições da Mostra Sagarana de Cinema (2017-2021), além de diversas propostas de formações, parcerias público-privadas, emendas parlamentares e dinâmicas de articulação comunitárias.

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Organizações participantes

Uma das organizações que apresentam o projeto é o Portal de Cultura Grande Sertão Veredas – Agência de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Vale do Rio Urucuia (ADISVRU). Criado em fevereiro de 2001, o Portal de Cultura, enquanto Ponto de Cultura, tem como proposta principal identificar e fortalecer a cultura local e regional na sua diversidade tendo como foco os grupos de teatro, música, dança, os núcleos de artesanato, cultura digital e familiares de quilombolas e ciganas. Enquanto parte da Instituição ADISVRU, realiza ações de fortalecimento da diversidade cultural, economia criativa, sentimento de pertencimento e diálogos entre patrimônios imateriais, materiais e meio ambiente.

Já o Coletivo Ecos do Caminho, criado em 2015, é uma associação de pessoas físicas sem fins lucrativos (não formalizada) que promove iniciativas, em geral independentes, em um processo de intensa convivência com as comunidades locais, contando com a parceria de instituições e ONGs do Território Baiangoneiro. O coletivo é composto por produtores culturais, fotógrafos, cineastas, jornalistas, historiadores, biólogos, pesquisadores e artistas, oriundos de diferentes territórios e vivências. Eles mantêm uma sede na vila de Sagarana e realizam há sete anos atividades socioculturais e ambientais na região, tal como as cinco edições da Cinebaru (entre 2017 e 2021) e a 7ª edição do Festival Sagarana, em 2015. 

Também participa do projeto a Associação do Cresertão – Centro de Referência em Tecnologias Sociais do Sertão, fundada em 2010, com a proposta de demonstrar, divulgar e aplicar as tecnologias sociais – soluções de baixo custo e ecologicamente corretas, capazes de gerar trabalho e renda e melhorar a vida das comunidades. As tecnologias sociais refletem um novo conceito de desenvolvimento, que alia saberes populares e conhecimento científico. 

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10

set
2021

Em Editais
Notícias

Por IberCultura

46 propostas foram habilitadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021

Em 10, set 2021 | Em Editais, Notícias | Por IberCultura

 (Foto: Oliver Kornblihtt)

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O programa IberCultura Viva divulgou nesta sexta-feira, 17 de setembro, a lista de candidaturas habilitadas a seguir no processo seletivo do Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021. Dos 57 projetos inscritos na plataforma Mapa IberCultura Viva, foram habilitados 46. As candidaturas provêm de 10 países: 13 de Colômbia, 9 de Argentina, 6 de México, 6 de Brasil, 4 de Peru, 3 de Costa Rica, 2 de Uruguai, 1 do Equador, 1 de El Salvador, 1 da Espanha.

A primeira lista de habilitados foi publicada na sexta-feira passada, 10 de setembro, quando se abriu o prazo de recursos para que as pessoas postulantes pudessem corrigir a documentação das 20 propostas que foram consideradas inabilitadas por problemas com a inscrição, como falta de cartas de aval ou falta de informação sobre as organizações com que articulam no projeto apresentado. O prazo de recursos encerrou na quarta-feira, 15 de setembro. Nove recursos foram aceitos pela Unidade Técnica do IberCultura Viva: 1 de Argentina, 2 de Brasil, 2 de Colômbia, 1 de El Salvador, 1 de México e 2 de Uruguai.

Esta lista definitiva de candidaturas habilitadas será enviada  à Comissão de Seleção, composta pela Unidade Técnica e pelo Conselho Intergovernamental do programa, para dar continuidade ao processo de avaliação. O resultado final tem publicação prevista para o dia 3 de outubro.


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O edital

 

O período de inscrições ao Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021 esteve aberto de 14 de junho a 31 de agosto. Esta edição foi lançada com o objetivo de promover e fortalecer o trabalho e a articulação de redes culturais de base comunitária que integrem povos indígenas, afrodescendentes e/ou coletivos de comunidades migrantes no contexto ibero-americano.

No caso do Brasil, apenas aqueles reconhecidos e certificados como Pontos de Cultura poderiam participar como entidades responsáveis, devendo ter o cadastro atualizado na plataforma da Rede Cultura Viva. No caso do Equador, o responsável pelo projeto deveria estar inscrito no Cadastro Único de Atores Culturais (RUAC). No caso do México, só poderiam participar como entidades responsáveis aquelas inscritas no Registro Nacional de Espaços, Práticas e Agentes Culturais (TELAR).

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(*) Texto atualizado em 16 de setembro, após o prazo e análise dos recursos


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Confira a lista de candidaturas habilitadas e não habilitadas:

Informação às Pessoas Interessadas II – Etapa de Habilitação – Lista definitiva – Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021

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Informação às Pessoas Interessadas I – Etapa de Habilitação – Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2021

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