encuentro nacional
1º Encontro Nacional de CVC México: abrindo fronteiras para o uso do espaço social
Em 23, out 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
O 1º Encontro Nacional de Cultura Viva Comunitária do México (“Abrir fronteiras para o uso do espaço social”) será realizado de 26 a 30 de outubro na Cidade do México. O evento, organizado pelos coletivos Comunidad Comelibros e Habitajes Centro de Estudios y Acciones sobre el Espacio Público, foi um dos projetos ganhadores do Edital de Apoio a Redes IberCultura Viva 2016.
O painel de abertura (“O espaço social como estratégia para a construção de cidadanias culturais”) está marcado para a sexta-feira (27/10), às 12h, no Centro Cultural de Espanha (rua República de Guatemala 18), no Centro Histórico da Cidade do México. Às 17h, na Comunidade ñhäñhü-otomí da Colonia Roma (Av. Chapultepec 342), haverá o círculo de diálogo “O espaço social como estratégia comunitária para a exigibilidade de direitos culturais”. As duas atividades são abertas ao público.
Para o sábado (28/10) estão previstos dois círculos de diálogo na Assembleia Comunitária Miravalle (Iztapalapa). O primeiro (às 12h) é aberto ao público e tem como tema “Políticas públicas, cultura viva comunitária e espaço social: regulações e suspeitas”. O segundo, às 16h, reunirá integrantes da Assembleia Comunitária Miravalle e de organizações da rede Cultura Viva Comunitária México.
No domingo (29/10), as atividades serão no Centro de Artes y Oficios Tiempo Nuevo (Jesús Lecuona s/n esq. Oaxaca, Delegación Tlalpan), com três círculos de diálogo a partir das 17h: “Compartilhando resultados dos momentos de diálogo”, “Princípios e valores de Cultura Viva Comunitária México” e “Rumo ao Congresso Latino-americano em Quito, Equador”. A segunda-feira (30/10) será dedicada à sistematização do encontro.
O 1º Encontro Nacional de Cultura Viva Comunitária México tem como objetivos fortalecer os processos regionais e o processo nacional de articulação da plataforma; aprofundar o diálogo, a reflexão e a articulação de ações em torno da Cultura Viva Comunitária e dos usos do espaço social; fortalecer a organização do movimento de Cultura Viva Comunitária em nível nacional e reafirmar seu caráter latino-americano.
Informação, inscrições e programação: https://bit.ly/2f1LGIX
Fonte: Plataforma Cultura Viva Comunitaria México
Fortalecendo a Rede de Pontos de Cultura do Peru: um dia de debates e reflexões
Em 16, out 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
[II ENCONTRO NACIONAL DE PONTOS DE CULTURA DO PERU]
Para que montamos uma rede? Que tipo de rede queremos fazer? Que país queremos construir? Estas foram algumas das reflexões que deram o tom do II Encontro Nacional de Pontos de Cultura do Peru desde o começo, na manhã de sexta-feira (13/10), na sede central do Ministério de Cultura.
Cerca de 200 representantes de Pontos de Cultura de todas as regiões do país participaram do primeiro dia del evento, que também contou com a presença do ministro da Cultura do Peru, Salvador del Solar, e do vice-ministro de Patrimônio Cultural e Indústrias Culturais, Jorge Ernesto Arrunátegui Gadea.
Uma construção coletiva
Ricardo Gálvez, gestor cultural facilitador dos três dias de atividades, começou a jornada com dinâmicas explicando aos presentes que toda a programação havia sido construída coletivamente com a intenção de responder a uma grande pergunta: como fortalecer a Rede Nacional de Pontos de Cultura?
O vice-ministro Jorge Arrunátegui, presente na dinâmica inicial, falou dos desafios do trabalho dos Pontos de Cultura e deixou algumas perguntas mais para reflexão: “Se estamos realmente em rede, e uma rede tem uma série de elementos que perseguem um fim, qual é o fim que perseguimos? Se as redes apanham sonhos, o que é que queremos apanhar?”.
Segundo Arrunátegui, é necessário pensar em “como podemos servir para apanhar os sonhos de ter um país com identidade mais forte”, em como fortalecer a coesão social. “Vocês estão fazendo esta mudança com o trabalho que desenvolvem a partir da arte e da cultura”, afirmou.
Um espaço aberto
Vários espaços de diálogo e participação, como mesas de trabalho, fóruns e rodas de conversa, foram pensados por um grupo formado por mais de 30 organizações que ajudaram a construir a programação deste encontro sob a premissa de “Yanapanakuy”, vocábulo quechua que significa “ajudar-se mutuamente”.
A agenda pensada por elas contou inclusive com um “espaço aberto” para que os participantes propusessem durante a primeira manhã os temas que queriam debater naquele dia (e a que hora), já que a intenção era que tudo partisse de uma construção coletiva, tal como o modelo de gestão que se impulsiona desde o início (inspirado na experiência brasileira, um projeto piloto de Pontos de Cultura foi realizado no Peru em 2011, em duas comunidades, pouco depois da criação do Ministério de Cultura; hoje são 291 os Pontos reconhecidos no país).
“A ideia é que sejamos propositivos, cuidadosos e respeitosos”, recomendou Gálvez antes de abrir o espaço para que os participantes falassem de seus temas de interesse e pudessem reconhecer suas diferentes perspectivas nos círculos de diálogo ali armados. Entre os temas que surgiram no auditório estavam desde questões mais estruturais até reflexões conceituais, do orçamento ao uso de ferramentas digitais, das “relações dos Pontos com as Direções Desconcentradas de Cultura” às “relações entre as emoções e as artes”.
Relevância política da cultura
Antes de se juntar nos círculos de diálogos que eles mesmos armaram para o período da tarde, os participantes escutaram o ministro da Cultura, Salvador del Solar. “Queremos que a cultura seja politicamente relevante”, afirmou del Solar ao lembrar que o Poder Executivo solicitou ao Congresso, através de um projeto de lei, um apoio maior para o cinema, o audiovisual e outras artes que previa um aumento de 4% no orçamento do Ministério da Cultura e de 0,01% no Orçamento Geral da República.
“Celebramos este passo, mas vimos até editoriais dizendo que não se deve dar tanto apoio ao setor quando não estão resolvidos os problemas de segurança e educação. Ou seja, (para eles) a cultura não importa nada, não está no centro das preocupações para uma sociedade que quer viver e conviver melhor. Queremos mudar esta mentalidade, lutar contra esse sentido comum instalado. Não somente dizer que a cultura é importante, e sim politicamente relevante, indispensável. Que a cultura, tanto ou mais que outros âmbitos, tem um extraordinário potencial transformador das pessoas, das comunidades, dos bairros, das coletividades, das nações.”
O ministro também mencionou o Plano Nacional de Cultura, que se pretende implementar de 2018 a 2021 (o marco conceitual e o diagnóstico da Política Nacional de Cultura se encontram em fase final), e o Plano Ayacucho Waytarin, que busca o desenvolvimento econômico e a transformação social desta região a partir da recuperação de suas tradições, festas, arte e desenho popular; assim como a criação de espaços públicos e do desenvolvimento de suas indústrias culturais. Lembrou, ainda, o projeto “Puerto Cultura”, que recupera e valoriza espaços públicos adjacentes ao patrimônio cultural arqueológico e histórico.
Primeiros conversatorios
Terminado o discurso do ministro da Cultura, os presentes se reuniram em grupos armados conforme os temas propostos no espaço aberto. Ao final dos debates, passaram para as salas dedicadas à realização dos painéis. Foram realizados quatro “conversatorios” nesta sexta-feira 13: “Incidência e participação cidadã”, “Redes e articulações vinculadas ao trabalho comunitário”, “Os Pontos de Cultura e sua contribuição para a educação e o desenvolvimento” e “Um olhar para as políticas culturais governamentais”.
O primeiro, “Incidência e participação cidadã”, (“como podemos contribuir desde a sociedade civil para o desenvolvimento de políticas culturais?”) contou com a participação do argentino Alberto Ingold (Punto de Cultura Centro Cultural La Fragua, foto) e dos peruanos Cipriano Huamancayo (Punto de Cultura Grupo Cultural Puckllay) e Diego de la Cruz (Alianza Peruana de Organizaciones Culturales). Ingold falou do trabalho em rede em seu país, da experiência da Mesa Nacional de Puntos de Cultura e da formação do Conselho Cultural Comunitário, espaço de ajustes das organizações de cultura comunitária e os representantes do Ministério da Cultura, criado em dezembro de 2016, durante o 3º Encontro Nacional de Pontos de Cultura de Argentina.
A mesa “Redes e articulações vinculadas ao trabalho comunitário” (“que significa trabalhar em rede?”), por sua vez, reuniu representantes de quatro redes culturais que trabalham com enfoque comunitário: três peruanas e uma equatoriana. Roxana Tello falou em nome da Rede de Microcines Chaski-Ayacucho; César Huamán, pela Plataforma de Cultura Viva Comunitaria de Lima; Jaddy Gamero, pela Plataforma de Cultura Viva Comunitaria La Libertad. Isaac Peñaherrera representou a Rede de Cultura Viva Comunitária do Equador, que organiza o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, de 20 a 25 de novembro em Quito.
Distintos níveis de políticas
O painel “Os Pontos de Cultura e sua contribuição à educação e ao desenvolvimento” teve como expositoras Ingrid Caferatta (Dirección Desconcentrada de Cultura Tacna), Liliana Galván (especialista em educação artística) e Yovana Góngora (Punto de Cultura Puckllasunchis).
O último painel do dia, “Um olhar para as políticas culturais governamentais” (“como se promovem as políticas culturais a partir dos distintos níveis governamentais?”), apresentou quatro processos em diferentes níveis: municipal, nacional, internacional e intergovernamental. O prefeito Harrinson Talledo compartilhou sua experiência de gestão cultural na Municipalidade La Arena, “um distrito de 38 mil habitantes com um orçamento mínimo”. Gabriela Perona, do Ministerio de Cultura do Peru, detalhou como se dá o processo de construção da Política Nacional de Cultura (a ser aprovada em dezembro de 2017).
A experiência do Chile
Moira Délano, chefa do Departamento de Cidadania Cultural do Conselho Nacional da Cultura e das Artes do Chile, comentou como seu país vem avançando na incorporação da cultura comunitária como parte essencial das políticas públicas, ressaltando que justo nesta sexta-feira a presidenta Michele Bachellet havia assinado a promulgação da Lei 21.045, que cria o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio.
Nos últimos 14 anos, o Conselho Nacional da Cultura e das Artes foi o órgão do Estado encarregado de implementar políticas públicas para o desenvolvimento cultural no Chile. Com uma estrutura orgânica que funciona de maneira desconcentrada e descentralizada, a instituição tem promovido (e consolidado) uma série de programas para cumprir com sua missão e funções nas 15 regiões do país.
Na área de Cidadania Cultural, por exemplo, um dos programas que chegou para ficar foi o Red Cultura, que busca promover o acesso e a participação das comunidades em iniciativas artístico-culturais, além de contribuir para o fortalecimento da gestão cultural municipal e a valorização e o resguardo do patrimônio cultural imaterial.
Neste processo de valorização da participação cidadã e da diversidade cultural (daí o Ministério “das Culturas”), foi-se construindo no Chile uma nova política nacional para o período 2017-2022, além de 15 políticas regionais, três políticas setoriais (música, livro, audiovisual) e sete políticas setoriais para âmbitos não industriais (artes cênicas, artes visuais, fotografia, artesanato, arquitetura, design, gastronomia).
“Basicamente, o que buscávamos era o fortalecimento da democracia, e como contribuir para o desenvolvimento humano a partir do Estado, avançando o enfoque nos direitos culturais e nos territórios”, afirmou Délano.
Cooperação entre governos
Diego Benhabib, coordenador dos Pontos de Cultura da Argentina, falou em nome do IberCultura Viva (a Argentina tem a presidência do programa nos próximos três anos; o mandato do Brasil foi exercido de 2014 a 2017, terminando em junho). Ele fez um repasse da trajetória do programa de cooperação intergovernamental, sua estrutura e eixos estratégicos. Falou da aposta inicial por ações de intercâmbio entre organizações, depois voltadas para o fortalecimento das redes de cultura comunitária (com apoio para encontros, congressos e festivais), e mais recentemente para a troca de experiências e metodologias de trabalho entre gestores dos países membros, como ferramentas para melhorar a gestão das políticas culturais de base comunitária em nível nacional.
Ao comentar a busca por uma melhor gestão, Benhabib também mencionou que esta questão terá o impulso de uma pós-graduação de formação em gestão cultural com enfoque comunitário, em articulação com a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO).
También falou da iniciativa de promover o 2º Encontro de Redes IberCultura Viva durante o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, em novembro, em Quito (Equador). Na ocasião, será realizada a mesa “Rede de Cidades”, com o objetivo de articular uma rede de governos locais que desenvolvam ou queiram desenvolver políticas culturais de base comunitária. Nesta mesa de trabalho será debatido como construir um mecanismo de cooperação entre o programa e as instâncias municipais, e uma agenda de trabalho conjunto para 2018.
Além disso, Benhabib comentou o apoio do programa à produção deste 3º Congresso com o Edital de Mobilidade e o financiamento de parte da organização dos congressos nacionais que darão conteúdo e levarão suas propostas de trabalho. Por fim, destacou a importância da ampliação do programa IberCultura Viva, com a incorporação de Guatemala e Equador, e celebrou a realização da 7ª Reunião do Conselho Intergovernamental, cujo tema central é o Plano Estratégico Trianual para o período 2018-2020.
Começa nesta sexta-feira o 2º Encontro Nacional de Pontos de Cultura do Peru
Em 12, out 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
Será realizado este fim de semana em Lima o II Encontro Nacional de Pontos de Cultura de Peru. Mais de 200 organizações devem participar das atividades na sede central do Ministério da Cultura nesta edição que tem como lema “Yanapanakuy”. O vocábulo quechua, cujo significado é “ajudar-se mutuamente”, dá ideia do que se busca com este espaço de diálogo e reflexão: que contribua para o fortalecimento da Rede Nacional de Pontos de Cultura, tendo como princípios básicos o respeito, o diálogo e a ajuda mútua.
Cerca de 30 representantes de Pontos de Cultura participaram da construção da programação, que será aberta nesta sexta-feira 13 e ocupará distintos espaços do Ministério da Cultura (Av. Javier Prado Este 2465, San Borja-Lima) até domingo. As atividades propostas têm a intenção de oferecer espaços para o reconhecimento entre os membros da Rede Nacional de Pontos de Cultura, a reflexão e o balanço da gestão, assim como a construção de ações estratégicas que permitam a implementação da Lei n° 30487, “Ley de Promoción de los Puntos de Cultura”.
A programação inclui fóruns macrorregionais (Norte, Lima/Callao, Sur, Oriente e Centro), mesas de trabalho, oficinas e encontros de criação coletiva. Também estão previstas seis rodas de conversa (entre elas, “Enfoques e possibilidades de financiamento e autogestão”, “Incidência e participação cidadã”, “Redes e articulações vinculadas ao trabalho cultural comunitário” e “Experiências latino-americanas de Cultura Viva Comunitária”). A plenária de encerramento está marcada para começar às 16h de domingo.
Na segunda-feira (16/10), terminado o II Encontro Nacional de Pontos de Cultura, será realizada a 7ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Esta reunião, a segunda promovida pelo programa este ano (a anterior se deu em Montevidéu, em maio), terá como objetivo discutir a elaboração do plano estratégico trianual 2018-2020.
Primeiro encontro
O I Encontro Nacional de Pontos de Cultura do Peru se deu na cidade de Cusco, de 28 de novembro a 1º de dezembro de 2013, com a presença de representantes de 102 Pontos de Cultura, especialistas e gestores culturais do Brasil, de Costa Rica, Colômbia, Argentina, Bolívia e responsáveis pelas Direções Desconcentradas de Cultura de todas as regiões peruanas.
O encontro teve como objetivo geral contribuir para o fortalecimento da Rede de Pontos de Cultura e a consolidação do programa, demonstrando a efetividade de políticas públicas baseadas no diálogo Estado-sociedade civil e no reconhecimento da cultura como eixo e motor do desenvolvimento comunitário.
Lei de Pontos
Além de propiciar o reconhecimento, por parte dos Pontos de Cultura, do trabalho realizado por seus pares, contribuindo para a coesão da rede e a criação de alianças para o trabalho conjunto, o I Encontro Nacional buscava validar a proposta de anteprojeto da Lei de Promoção dos Puntos de Cultura a partir do intercâmbio com referências de outros países da região.
Depois de longas jornadas de trabalho, chegou-se à redação final do documento, assinada pelas 58 organizações que permaneceram até o final do debate. A proposta de anteprojeto de lei foi apresentada pelo Centro Cultural Sagitario à congressista Natalie Condori, primeira vice-presidenta do Congresso da República do Peru. Após um longo processo participativo entre organizações culturais e o Ministério de Cultura, se promulgou em 15 de julho de 2016 a Lei n° 30487, Ley de Promoción de los Puntos de Cultura.
Primeiros passos
O programa Pontos de Cultura teve início no Peru um pouco depois da criação do Ministério de Cultura, em 2011, quando se decidiu impulsionar um projeto piloto em dois distritos de Lima: Carabayllo e Villa El Salvador. Oficinas artísticas foram levadas a dezenas de crianças e jovens por organizações culturais emblemáticas dos dois distritos (Arenas y Esteras, Vichama Teatro, e Casa Infantil y Juvenil de Arte y Cultura-CIJAC, em Villa El Salvador, e Puckllay Arte y Comunidad, em Carabayllo).
O ano de 2012 foi marcado pelo desenho participativo das bases de Pontos de Cultura e o lançamento do Registro Nacional de Pontos de Cultura. Os primeiros 50 Pontos de Cultura foram reconhecidos pelo Ministério de Cultura do Peru em dezembro de 2012. Atualmente, são 291 os Pontos de Cultura reconhecidos no país.
O reconhecimento
Podem ser reconhecidas como Pontos de Cultura organizações da sociedade civil sem fins lucrativos que utilizem a arte e a cultura como instrumento essencial de formação; grupos de arte comunitária; movimentos ou redes que valorizem o papel da cultura no desenvolvimento; bibliotecas, rádios comunitárias e meios virtuais que busquem ampliar o acesso à produção cultural; coletivos de artistas que enfatizem a relação com os cidadãos; e todas aquelas iniciativas sustentáveis que reconheçam e fomentem a cultura como eixo e motor de desenvolvimento.
As organizações culturais que queiram fazer parte do programa fazem seu registro e apresentam ao Ministério de Cultura informações sobre sua trajetória. Uma vez avaliadas, e constatado o trabalho continuado e de positivo impacto na comunidade, são reconhecidas oficialmente, o que lhes permite ter acesso a uma série de oportunidades de formação, financiamento parcial de projetos, visibilização de seu trabalho, intercâmbios, assessoria legal, entre outras. Por sua parte, as organizações se comprometem a participar ativamente dos espaços de consulta, intercâmbio, prestação de contas e informes que a gestão de Pontos de Cultura demanda.
Saiba mais: www.puntosdecultura.pe
II Encontro Nacional de Pontos de Cultura do Peru: três dias de diálogo e ajuda mútua
Em 27, set 2017 | Em Notícias | Por IberCultura
De 13 a 15 de outubro, mais de 200 organizações reconhecidas como Ponto de Cultura no Peru terão um espaço de encontro e trabalho conjunto na cidade de Lima. Em sua segunda edição, o Encontro Nacional de Pontos de Cultura é um espaço de diálogo e participação, voltado para o estabelecimento de prioridades de ação conjunta dentro da Rede Nacional de Pontos de Cultura, com o objetivo de contribuir ao fortalecimento de políticas públicas de promoção das artes e das culturas em comunidade no Peru.
O I Encontro Nacional de Pontos de Cultura do Peru foi realizado em 2013, na cidade de Cusco, e contou com a participação de mais de 100 organizações reconhecidas como Ponto de Cultura. Neste espaço, as organizações puderam conhecer-se, reconhecer-se, identificar necessidades e potencialidades, assim como compartilhar diversas metodologias e aprendizados. Também durante este encontro se discutiu e aprovou a proposta de Anteprojeto de Lei de Promoção dos Pontos de Cultura, apresentada ao Congresso da República do Peru no primeiro trimestre do ano passado.
Este II Encontro vem sendo construído participativamente com mais de 30 representantes de Pontos de Cultura em nível nacional. Dentro da programação há espaços para o reconhecimento entre as/os membros da Rede Nacional de Pontos de Cultura, a reflexão e o balanço da gestão de Pontos de Cultura, oficinas e mesas de diálogo, assim como momentos de proposta e construção de ações estratégicas que permitam a implementação da Lei n° 30487, Lei de Promoção dos Pontos de Cultura.
Nos dias 13, 14 e 15 de outubro, as/os representantes das organizações vão se reunir na sede central do Ministério de Cultura. A partir do vocábulo quechua Yanapanakuy, que significa ajudar-se mutuamente, busca-se que este espaço contribua para o fortalecimento da Rede Nacional de Pontos de Cultura, tendo como princípios básicos o respeito, o diálogo e a ajuda mútua.
Durante o II Encontro Nacional de Pontos de Cultura será realizada também a 7ª Reunião do Conselho Intergovernamental do Programa Ibercultura Viva. Esta reunião terá como objetivo discutir a elaboração do plano estratégico trianual 2018-2020.