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Municipalidade de Córdoba abre convocatória para o curso “Desafios para o Reencontro”
Em 01, set 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Nesta terça-feira 1° de setembro abrem-se as inscrições para o programa de formação de Promotoras Culturais Comunitárias, organizado pela Subsecretaria de Cultura da Municipalidade de Córdoba dentro de seu Plano de Compromisso Cultural.
“Desafios para o Reencontro” é um curso/oficina de formação destinado a 60 mulheres maiores de 18 anos e integrantes de organizações comunitárias que desenvolvem atividades culturais na cidade de Córdoba. Serão concedidas 60 becas de $7.500 pesos argentinos cada.
A capacitação busca fortalecer o papel das promotoras culturais comunitárias, oferecendo-lhes recursos e ferramentas que permitam abordar, analisar e propor projetos culturais comunitários, com uma perspectiva de gênero e territorial de acordo com os novos cenários pós-pandêmicos que se configuram nos bairros. O prazo de inscrição se encerra em 22 de setembro.
Confira o regulamento: https://bit.ly/32KzMIh
Consultas: promotorasculturales.cba@gmail.com
(*) Córdoba é uma das municipalidades integrantes do Grupo de Trabalho de Governos Locais de IberCultura Viva. Saiba mais sobre o GT em https://bit.ly/2qfWWqB
Sai a lista de 24 selecionados da convocatória do programa Territórios, de Córdoba
Em 17, jul 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
A Subsecretaria de Cultura da Municipalidade de Córdoba (Argentina) anunciou nesta quinta-feira 16 de julho os 24 selecionados do programa Territórios para projetos culturais comunitários. A convocatória foi lançada em 18 de maio como parte do Plano de Compromisso Cultural, que oferece uma série de ações excepcionais destinadas a atender a crítica situação de trabalhadores e coletivos do âmbito cultural local, como consequência da atual conjuntura de pandemia por Covid-19.
Os 24 projetos selecionados são: Jeta Brava; Casa Macuca; Grupo de Trabajo Comunitario; Asociación Civil La Matria; Mujeres Activando; Asociación Civil Biblioteca Popular Casa del Pueblo Alberdi; Colectivo Cultural Zur/ Encuentro de Organizaciones; Asociación Civil “Orilleros de la Cañada”; Programa del Sol Asociación Civil; Red Zonal Ruta 20; Red de Orquestas Barriales de Córdoba/ Summa/ Humanitas Asociación Civil; Coordinadora de Barrios Eva Perón/ Salón Comunitario Rayitos de Amor; UDAIC – Unión de Artesanos Independientes de Córdoba; Espacio Cultural de Libre Vuelo; “Remando entre barrios”/ Red del Tropezón y El Sauce; Cooperativa San Carlos; Mesa de Trabajo Pueyrredón; La Casita. Espacio Cultural; Red Rivera Indarte; Biblioteca Popular Alfonsina Storni; Biblioteca – Ludoteca “Salud – Arte”; Centro Cultural El Juntadero; Asociación Civil Salón Comunitario El Polito; e Encuentro de Lilas, Mujeres en Libertad.
Esse conjunto de projetos beneficiados abarca os bairros de Argüello, El Chingolo, SEP, El Chaparral, Villa Boedo, Alberdi, Villa Urquiza, Villa La Lonja, Costa Cañada, Bella Vista, Güemes, Observatorio, Villa Costa Cañada, Suárez, Yapeyú, Marqués Anexo, Angelelli, Ciudad de los Cuartetos, Villa 9 de Julio, Villa El Tropezón, Camino a San Carlos, Bajo Pueyrredón, Rivera Indarte, Villa Allende Parque, Maldonado e Zepa B, estendendo-se ao largo de toda a cidade.
O programa
Territórios é o programa que tem por objetivo principal reconhecer e acompanhar as organizações culturais comunitárias, que através de seus diversos projetos fortalecem a participação e o vínculo entre vizinhas e vizinhos da cidade de Córdoba, promovendo o desenvolvimento da cultura popular.
Os projetos selecionados abarcam um amplo leque de experiências culturais de bairros que desenvolvem temáticas artísticas, lúdicas, literárias, ambientais, de gênero e alimentação, desde uma perspectiva de construção comunitária e territorial.
As organizações selecionadas vão realizar suas propostas em distintos bairros da cidade, possibilitando a participação ativa das vizinhas e vizinhos desses territórios e fortalecendo por sua vez seus vínculos e relações, assim como o intercâmbio destas experiências entre as pessoas e grupos selecionados.
Fonte: Municipalidad de Córdoba
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Programa Pontos de Cultura da Argentina anuncia primeiros projetos selecionados na Convocatória 2020
Em 23, jun 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Foi divulgado o resultado da primeira instância da Convocatória 2020 de Pontos de Cultura da Argentina. Do total de projetos apresentados, 213 foram selecionados pelo júri para serem beneficiados nas distintas linhas de apoio oferecidas pelo Programa Pontos de Cultura: 117 propostas pertencem a organizações com personalidade jurídica, 88 a organizações sem personalidade jurídica e oito a redes que agregam organizações. A segunda instância foi encerrada em 19 de junho, com um total de 1.936 propostas recebidas.
Esta iniciativa é realizada como uma das ações implementadas pelo Ministério de Cultura da Nação, através da Secretaria de Gestão Cultural, para acompanhar os trabalhadores e as trabalhadoras da cultura nesta conjuntura de emergência sanitária pela pandemia da COVID-19.
A convocatória conta com um orçamento de 100 milhões de pesos (50 milhões para cada instância), que representam uma ampliação histórica tanto para o Programa Pontos de Cultura como para o setor das organizações comunitárias. As organizações selecionadas serão incorporadas ao programa e passarão a fazer parte da Rede Federal de Pontos de Cultura.
Para a avaliação foram levados em conta os seguintes critérios: impacto sociocultural, consistência e factibilidade; valor do projeto como ferramenta de inclusão social; demanda cultural do território de inserção do projeto; fomento das identidades locais e regionais; entre outros. Também contou pontos a adaptação das propostas ao contexto de isolamento social preventivo e obrigatório, e a adequação das mesmas aos objetivos estratégicos do programa.
⇒Confira a lista de projetos selecionados
Consultas: puntos@cultura.gob.ar
Pontos de Cultura da Argentina: edital tem prazo prorrogado e orçamento duplicado
Em 04, jun 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Devido à quantidade de inscritos e ao momento que atravessa o setor da cultura e seus trabalhadores, o Ministério de Cultura da Argentina se dispôs, por meio da Secretaria de Gestão Cultural, a duplicar o orçamento inicial do programa Pontos de Cultura e estender o prazo de inscrição até 19 de junho.
Em sua primeira etapa, a convocatória contou com um orçamento de 50 milhões de pesos argentinos. Foram apresentados mais de mil projetos de todo o país. Para a segunda instância, iniciada em 9 de maio, somam-se outros 50 milhões de pesos argentinos com o objetivo de ampliar as linhas de apoio e agregar novos Pontos de Cultura à rede nacional.
Este aumento no orçamento representa uma ampliação histórica, tanto para o programa como para o setor das organizações comunitárias, e se insere no contexto das políticas que o Ministério de Cultura vem desenvolvendo para dar resposta aos trabalhadores e trabalhadoras da cultura nesta situação de emergência pela pandemia da COVID-19.
Aporte financeiro
Os projetos selecionados nesta convocatória receberão o aporte financeiro solicitado, além de integrar-se às distintas redes e espaços de cultura comunitária. O montante que se pode solicitar por projeto é de 300 mil pesos argentinos para organizações com personalidade jurídica; 125 mil para organizações sem personalidade jurídica, e 700 mil para redes que congregam organizações.
Consultas: puntos@cultura.gob.ar
Fonte: Ministerio de Cultura de la Nación
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Maior orçamento para Pontos de Cultura na Argentina é uma das medidas para o setor ante a COVID-19
Municipalidade de Córdoba apresentará em encontro virtual as medidas extraordinárias dirigidas ao setor da cultura
Em 07, maio 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Na próxima segunda-feira 11 de maio, às 18h, a Subsecretaria de Cultura da Municipalidade de Córdoba e a Faculdade de Artes realizam (pela plataforma Google Meet) uma conversa sobre o Plano Compromisso Cultural, para apresentar medidas extraordinárias dirigidas aos diversos setores do campo cultural propostas pelo governo local.
As medidas incluem os editais Cultura em Movimento, Cenas ao Encontro e Arte Hoje, que estão abertos até 18 de maio e são dirigidos a artistas, trabalhadores e fazedores de cultura. A iniciativa consiste, segundo cada edital, na apresentação de propostas de oficinas, seminários, clínicas; ou de produção de artes cênicas, musicais, sonoras, visuais ou multimídia como contrapartida ao incentivo econômico que a municipalidade realizará para os/as selecionados/as.
Além disso, serão apresentados três programas dirigidos pontualmente ao setor da cultura comunitária: Territórios, Desafios para o Reencontro e Projetar a Alegria. Estes programas têm como objetivo reconhecer as organizações culturais comunitárias, que através de seus projetos fortalecem a participação e o vínculo entre vizinhas e vizinhos da cidade, promovendo o desenvolvimento da cultura popular. Estas atividades ou produções artísticas serão realizadas quando o isolamento social obrigatório estiver concluído.
Participarão do encontro virtual a diretora geral de Gestão Cultural, Julia Oliva Cuneo; o diretor de Cultura e Patrimônio, Juan Martín Sequeira, e a diretora de Cultura Viva, Marihem Soria. É necessário completar um formulário de inscrição para participar da conversa: https://forms.gle/qfdfT4o2ptr3bQQAA.
Saiba mais: https://cultura.cordoba.gob.ar/
Consultas: extension@artes.unc.edu.ar
(*) A Municipalidade de Córdoba é uma das integrantes do Grupo de Trabalho de Governos Locais de IberCultura Viva. Saiba mais sobre o GT em https://bit.ly/2qfWWqB
Maior orçamento para Pontos de Cultura na Argentina é uma das medidas para o setor ante a COVID-19
Em 07, maio 2020 | Em Notícias | Por IberCultura
Durante a reunião realizada por videoconferência em 29 de abril, as/os representantes do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva apresentaram algumas das ações que vêm sendo desenvolvidas em seus países para o apoio das/dos trabalhadores da cultura ante a emergência sanitária pela COVID-19. Na Argentina, uma das principais medidas do Ministério de Cultura foi o lançamento de uma convocatória de Pontos de Cultura – com maior orçamento e menos burocracia – para o apoio a organizações sociais com ou sem personalidade jurídica.
“Quando o presidente decidiu pelo isolamento social obrigatório, saímos com uma série de medidas para tratar de conter o setor”, comentou Maxi Uceda, secretário de Gestão Cultural do Ministério de Cultura no início da reunião. “Sabemos que será complexo, que provavelmente não conseguiremos satisfazer a todas demandas desde o Estado, mas a primeira decisão foi aumentar o orçamento dos Pontos de Cultura. Foi uma decisão histórica do ministro Tristán Bauer. Passamos dos 17 milhões de pesos da última convocatória para 50 milhões de pesos, e estamos tentando ampliar um pouco mais o montante para a segunda etapa”.
A primeira chamada deste edital de Pontos de Cultura da Argentina termina no dia 8 de maio. O valor máximo que se pode solicitar por projeto é de 300 mil pesos argentinos para organizações com personalidade jurídica; 125 mil para organizações sem personalidade jurídica, e 700 mil para redes de organizações. A segunda instância começa em 9 de maio e estará aberta para postulações até 12 de junho.
Menos burocracia, mais formação
Segundo Maxi Uceda, além de um maior orçamento para Pontos de Cultura, buscou-se baixar os níveis de burocracia para poder chegar com as políticas o mais rápido possível ao território. “Também criamos uma plataforma de formação cultural, já que muita gente está cumprindo a quarentena, e para que se tenha ferramentas de formação permanente. Temos que pensar no dia seguinte, e é fundamental que os agentes culturais territoriais estejam em permanente pensamento e reflexão e assumindo novos conhecimentos”.
“Conseguimos ativar umas baterias fortes de ações para este contexto de emergência, (…) e acreditamos que temos que pensar em ações daqui para frente, porque na Argentina o coronavírus vem recrudescendo os conflitos que já temos, está demonstrando a precariedade do setor da cultura, a incapacidade que temos de formalização do trabalho cultural”, observou Uceda. “Me parece que este é um momento para pensar a relação dos seres humanos com o entorno que habitamos, a produção de alimentos, a soberania alimentar, o respeito pelos seres com que co-habitamos o planeta. Um momento para pensar em um mundo onde o capitalismo seja mais humano, e a cultura acompanhe o processo e humanize também as relações de produção”.
Entre os programas e incentivos elaborados pelo Ministério de Cultura diante da emergência sanitária, o secretário de Gestão Cultural comentou a criação de uma linha de compra de instrumentos para apoiar o setor de luthería e depois doar às orquestras infantojuvenis do país. Também falou das linhas de fomento dos institutos, como o Instituto Nacional de Teatro, que lançou o Plano Podestá, voltado para o teatro independente, com cerca de 100 milhões de pesos argentinos como subsídio para a preservação de salas e espaços cênicos e a preservação operativa de elencos e teatristas.
? Subsidios para espacios culturales ✅Hasta el 12 de mayo, a través del #FondoDesarrollar, podés obtener ayuda económica para preservar los espacios culturales y cuidar el trabajo ante la crisis económica provocada por la emergencia sanitaria provocada por la pandemia del Covid-19. Se trata de subsidios para centros culturales, clubes de música en vivo, espacios de arte y diseño, circo, danza, teatro, peñas y milongas.#QuedateEnCasa y participá con tu espacio cultural ➡️ https://bit.ly/2SGFh6q #CulturaDeLaSolidaridad#ArgentinaUnida ??
Publicado por Ministerio de Cultura de la Nación em Terça-feira, 5 de maio de 2020
Outra iniciativa citada foi o Fondo Desarrollar, da Secretaria de Desenvolvimento Cultural, um programa de subsídios para apoiar os centros culturais, com cerca de 30 milhões de pesos para cobrir gastos correntes ou operativos. Este fundo concursável, com inscrições abertas até 12 de maio, oferecerá apoio econômico a espaços culturais com sede em qualquer ponto do país. Está dirigido a espaços multifuncionais abertos à comunidade, onde atores e coletivos culturais realizam a produção, formação, pesquisa e promoção da arte e da cultura.
A convocatória Fondo Desarrollar abrange centros culturais, milongas, clubes de música ao vivo, espaços de arte, circo, dança e teatro; espaços em que se realizam atividades de caráter educativo ou formativo relacionado com disciplinas artísticas, como cursos, oficinas, aulas, seminários; lugares em que se realizem apresentações de artes performáticas, exposições de artes visuais e audiovisuais, e atividades de caráter comunitário e solidário. Podem postular tanto pessoas físicas como jurídicas: associações civis, fundações, cooperativas, sociedades de responsabilidade limitada (SRL) e sociedades anônimas (SA).
Além disso, o Fondo Nacional de las Artes abriu a convocatória Beca Sostener Cultura, dirigida a integrantes da comunidade artística da Argentina, com o objetivo de mitigar os efeitos sociais e econômicos que estão afetando os trabalhadores da cultura. Se trata de um aporte especial destinado a indivíduos (não a projetos grupais) cujas solicitações serão avaliadas por um comitê de emergência e outorgadas pelo Diretório do Fondo Nacional de las Artes. Se dará ênfase aos solicitantes que se encontrem em situação de vulnerabilidade, que pertençam em sua maioria a setores da economia informal.
O Instituto Nacional da Música (INAMU), por sua vez, lançou a Convocatória de Fomento Solidário, también voltada a pessoas físicas, colocando a disposição 1.200 benefícios de 10 mil pesos, com vistas a atender a situação extraordinária e de emergência, e colaborar para que seja menor o impacto na atividade dos músicos/as.
Saiba mais:
https://www.cultura.gob.ar/medidas-en-el-sector-cultural-ante-el-covid-19-8932/
Lei Municipal de Cultura Viva Comunitária é aprovada na cidade de Córdoba, na Argentina
Em 10, out 2019 | Em Notícias | Por IberCultura
Nesta quinta-feira 10 de outubro, foi aprovada a Ordenanza de Cultura Comunitária no Conselho Deliberante da Cidade de Córdoba. Estavam presentes à sessão vereadores de distintos blocos, servidores municipais da área de cultura, trabalhadores da área de cultura comunitária e representantes de organizações de base territorial local, com quem se construiu conjuntamente esta lei municipal, uma das primeiras da Argentina nesta matéria.
A ordenanza estabelece como política pública o reconhecimento, a promoção e o fortalecimento da cultura viva comunitária no território da cidade de Córdoba. O instrumento cria o Programa Municipal de Cultura Viva Comunitária, assim como o Registro Municipal de Organizações de Cultura Comunitária da Cidade de Córdoba, o Conselho de Cultura Comunitária e o concurso anual Cultura de Bairro. Também estabelece que 10% do orçamento total da Secretaria de Cultura municipal devem ser destinados à promoção da cultura viva comunitária cordobesa.
Tanto o Conselho de Cultura Comunitária como o concurso Cultura de Bairro já existiam antes da lei. Foram, inclusive, os membros deste conselho que trabalharam junto ao município durante o ano passado para acordar o conteúdo do projeto que agora se converte em lei. Com a criação formal deste conselho se define um espaço permanente de concertação entre a sociedade civil e o poder municipal, para apoiar e assessorar em matéria de políticas e programas de cultura comunitária.
A instalação da convocatória anual “Cultura de Bairro”, por sua vez, garante a continuidade do apoio financeiro aos diversos projetos culturais de bairros que vem se desenvolvendo, com o acompanhamento da Direção de Cultura Comunitária municipal. (Em maio foram anunciados os 24 projetos ganhadores da edição 2019 do concurso Cultura de Bairro.)
A aprovação da lei em Córdoba vem depois de oito anos de um caminho percorrido pela pasta de Cultura junto às necessidades e demandas concretas das organizações de bairro, com vistas à melhora da qualidade de vida das pessoas, considerando que o acesso à cultura é um direito humano e uma plataforma onde se pode experimentar maneiras de relacionar-se, de pensar-se como sujeitos, organizar-se, e inclusive formar-se e modificar realidades.
Objetivos da ordenanza:
- Promover a Cultura Viva Comunitária como fato social coletivo que faz parte da vida cotidiana, como motor da transformação social e do desenvolvimento integral e do bem viver das comunidades, que inclui diferentes maneiras de participação.
- Visibilizar, fortalecer e preservar as identidades e expressões culturais presentes nos bairros da cidade de Córdoba, para potenciar as capacidades, os significados e as trajetórias que as organizações constroem nos territórios.
- Propor o desenho de políticas públicas que tornem efetivo o cumprimento dos direitos culturais.
- Promover e potenciar a diversidade cultural, presente na pluralidade de expressões culturais, que resulta da construção de uma identidade coletiva e comunitária de cada setor da cidade.
- Reconhecer e propiciar a proteção do patrimônio material, imaterial e simbólico cultural dos bairros da cidade de Córdoba.
(Fonte: Municipalidad de Córdoba)
** A Municipalidade de Córdoba é uma das integrantes do Grupo de Trabalho de Governos Locais de IberCultura Viva, formado em Quito (Equador) em 2017 para a articulação da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Saiba mais sobre o GT em: https://iberculturaviva.org/rede-ibercultura-viva-de-cidades-e-governos-locais/
Um encontro de educadores populares: conheça o projeto da Argentina selecionado no Edital de Apoio a Redes 2019
Em 29, ago 2019 | Em Notícias | Por IberCultura
Nome do evento: Inventamos o Erramos: Enredándonos entre Educadores Populares
Nome da rede: Red de Educadores Populares: Isauro Arancibia
Organização responsável: Asociación Civil Isauro Arancibia
Data prevista: de 11 a 15 de novembro de 2019
De que falamos quando falamos de educação popular? É a partir desta pergunta que a Rede de Educadores Populares Isauro Arancibia se dispõe a intercâmbios e reflexões sobre organização, participação e construção coletiva entre instituições/organizações, no encontro “Inventamos o Erramos: Enredándonos entre Educadores Populares”, que será realizado em Buenos Aires de 11 a 15 de novembro de 2019.
O evento, que foi o selecionado da Argentina no Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2019, foi organizado em cinco jornadas que buscam promover o diálogo e a reflexão entre educadores populares da Argentina e da região, favorecendo a pesquisa-ação, fortalecendo suas práticas e potenciando a lógica de trabalho em rede como um elemento estratégico e um posicionamento ético.
As quatro primeiras jornadas serão teórico-práticas, no Centro Educativo Isauro Arancibia (Paseo Colón 1366, CABA), com momentos de painel (mais expositivos) e momentos de oficina, para promover o intercâmbio, o debate e o posicionamento coletivo. A última jornada, de encerramento do encontro, contará com a construção de um mural coletivo e um documento que dará origem à Rede de Educadores Populares Isauro Arancibia.
“Inventamos ou Erramos” tem os seguintes objetivos: 1) Favorecer espaços de construção coletiva do conhecimento; 2) Propiciar o intercâmbio de experiências de educação popular em instituições educativas, para repensar, transformar, melhorar e fortalecer as práticas cotidianas; 3) Organizar espaços de diálogo, reflexão e sistematização para pensar e construir práticas colectivamente, a partir de diferentes espaços, e com o fim de intervir na realidade para transformá-la; 4) Fortalecer o vínculo e as articulações entre as instituições e organizações que trabalham a partir da educação popular; 5) Potenciar o grau de organização interinstitucional para a elaboração de agenda e ações conjuntas.
Esta proposta foi apresentada ao Edital de Apoio a Redes 2019 por um grupo de professores e professoras que trabalham dentro do sistema formal de ensino desde a perspectiva da educação popular, desenvolvendo suas tarefas no Centro Educativo Isauro Arancibia, que abriga mais de 300 crianças, jovens e adultos em situação de rua e extrema vulnerabilidade social.
Para estes professores, a educação é entendida como coluna vertebral da cultura dos povos e ferramenta transformadora que forma sujeitos livres, apostando em processos que valorizem suas experiências, saberes e contexto. A criação de uma rede com organizações e instituições com que trabalham na promoção e restituição de direitos é uma das estratégias para a realização de sua tarefa pedagógica.
“Inventamos ou Erramos” pretende formalizar e ampliar esta rede, convocando educadores populares e outras redes/organizações que trabalham a educação popular com população vulnerável na Argentina e na região, gerando espaços para promover a autonomia e a participação comunitária. Além de reforçar a articulação, a Rede de Educadores Populares Isauro Arancibia espera promover a formalização destas práticas no sistema educativo e nas políticas de base comunitária.
3º Encontro de Redes: uma construção coletiva para seguir fortalecendo as políticas culturais comunitárias
Em 27, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura
O 3º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado nos dias 16 e 17 de maio na cidade de Buenos Aires (Argentina), terminou com o recebimento das primeiras quatro cartas de adesão à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais – de Zapopan e San Luis Potosí (México), San Pedro de la Paz (Chile) e Corrientes (Argentina) – e vários acordos para o fortalecimento da articulação com o programa dos governos locais que desenvolvem políticas culturais de base comunitária na região ibero-americana.
Participaram deste encontro representantes de 13 municípios: Córdoba, Corrientes, Marcos Juárez, Salta, Tigre (Argentina); Niterói (Brasil); Arica, Valparaíso e San Pedro de La Paz (Chile); San Luís Potosí y Zapopan (México); Lima (Peru), e Montevidéu (Uruguai). Cinco deles já estavam no grupo de trabalho (GT) formado na reunião anterior, no 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado em Quito (Equador), em novembro de 2017, durante o 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.
As jornadas em Buenos Aires, realizadas na Casa Victoria Ocampo com transmissão ao vivo por Facebook, também contaram com a presença de representantes de 11 países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva. Andrés Gribnicow, secretário de Cultura e Criatividade da Secretaria de Cultura da Argentina, e Paola Gallia, diretora nacional de Diversidade e Cultura Comunitária, estiveram no local para dar as boas-vindas às pessoas participantes.
Dia 1
Diego Benhabib, coordenador de Pontos de Cultura da Argentina e representante da presidência do IberCultura Viva, abriu os trabalhos agradecendo a presença dos/das representantes institucionais e recordando que o programa vem trabalhando há dois anos na construção de uma rede de governos locais, “para que a partir desta construção coletiva possamos seguir ampliando e fortalecendo as políticas culturais de base comunitária na região ibero-americana”.
Lembrou, também, que fortalecer as políticas culturais comunitárias é um dos objetivos do programa IberCultura Viva, assim como promover e fortalecer as organizações culturais comunitárias (não apenas no desenvolvimento de seus projetos, mas também em seus mecanismos de gestão associada com o Estado), e dar visibilidade à cultura comunitária. “Queremos posicionar a cultura comunitária em sua real dimensão e em sua verdadeira incidência em termos de mudança das condições de vida das comunidades”, afirmou.
Segundo Benhabib, apostar na cultura comunitária é apostar na transformação. “Na Argentina, um estudo feito em 2017, para a Pesquisa Nacional de Consumos Culturais, trouxe um dado revelador, que demonstra a potência deste setor: 25% de nossa população participa de alguma atividade de cultura comunitária em seus territórios, seja como assistente ou facilitador de processos, como oficineiro/a, como gestor cultural, como dirigente, etc. Aí está a chave. E imagino que nos outros países, com outros dados, isso também é palpável.”
As comissões
Em seguida, Rosario Lucesole, consultora de projetos da Unidade Técnica do IberCultura Viva, apresentou alguns avanços do GT de governos locais e explicou como funcionaram as três comissões de trabalho montadas inicialmente para o desenvolvimento de ações específicas: Comissão de Publicações; Comissão de Agenda e Encontros, Comissão de Estruturação do GT.
A primeira se propôs iniciar a sistematização e publicação de experiências de políticas culturais e organizações de base comunitária. O livro “Puntos de cultura viva comunitaria iberoamericana. Experiencias compartidas“, editado pela Alcaldía de Medellín (Colômbia) e lançado na abertura deste 4º Congresso Latino-americano de CVC, é o primeiro resultado do trabalho desta comissão.
A segunda comissão esteve voltada a registrar e compartilhar a agenda da cultura comunitária dos municípios, e a terceira teve como objetivo elaborar os mecanismos de adesão dos governos locais e definir parâmetros para a inclusão na rede, além de coordenar a implementação de uma autoavaliação de políticas culturais comunitárias para governos locais.
Este Guia de Autoavaliação de Políticas de Cultura Comunitária foi elaborado pelo mexicano Rafael Paredes (Traza.mx), mestrando em Desenvolvimento Econômico e Cooperação Internacional na Benemérita Universidad Autónoma de Puebla (BUAP). O documento é resultado do projeto de pesquisa “Avaliação e fortalecimento das políticas culturais de base comunitária no Espaço Ibero-americano” e busca servir como ferramenta para governos locais com interesse em fazer uma revisão de suas ações e construir uma agenda participativa, colaborativa e intersetorial.
Mudanças de paradigma
No começo da tarde, Andrés Gribnicow, secretário de Cultura e Criatividade da Secretaria de Cultura da Argentina, comentou a importância de fortalecer os espaços da sociedade civil organizada, “que são os que realmente estão muito próximos das pessoas” e atendem as problemáticas daqueles que vivem nestes territórios do ponto de vista da cultura.
“Estamos em um momento de muitas mudanças de paradigma, e estes espaços cumprem um papel fundamental em demandas como, por exemplo, novas perspectivas de gênero, novas abordagens sobre a cultura colaborativa, os fluxos migratórios, a hiperconectividade…Eles chegam muito antes da gente para atender a estas demandas”, observou Gribnicow. “Nos interessa cada vez mais fortalecer esses espaços. Que eles possam ter acesso a financiamento, a um trabalho colaborativo com o Estado, e possam estar empoderados, para fazer sozinhos este caminho para a sustentabilidade de seus projetos.”
As experiências
Após uma capacitação sobre o sistema de autoavaliação de políticas de cultura comunitária (os/as participantes se distribuíram em grupos de cinco pessoas para fazer os exercícios propostas), o secretário técnico do IberCultura Viva, Emiliano Fuentes Firmani, apresentou algumas das possibilidades que oferece a plataforma Mapa IberCultura Viva, lançada pelo programa em agosto de 2018.
O primeiro dia de atividades terminou com um painel sobre experiências de gestão cultural comunitária participativa. Os expositores foram Gerardo Padilla, coordenador de Inovação e Desenvolvimento Institucional da Direção de Cultura de San Luis Potosí (México); Lucía Mantilla, subgerente de Promoção Cultural e Cidadania da Municipalidade de Lima (Peru); Diego Pigini e Lucrecia Gonzalez, da Direção de Cultura Comunitária da Municipalidade de Córdoba (Argentina), e Alba Antúnez, diretora do programa Esquinas da Cultura, desenvolvimento pela Intendência de Montevidéu (Uruguai).
Dia 2
A segunda jornada do 3º Encontro de Redes começou com um conversatorio sobre políticas culturais de base comunitária na Manzana de las Luces, no centro da cidade de Buenos Aires. Deste encontro participaram ao redor de 80 pessoas, entre representantes governamentais (nacionais e locais) e integrantes de organizações participantes do 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária.
“Estes congressos permitem ao Conselho Intergovernamental ter um âmbito de diálogo com a sociedade civil para além do estabelecido por cada um dos representantes institucionais em seu próprio país”, comentou Diego Benhabib, justificando a realização deste segundo encontro de governos locais num Congresso Latino-americano de CVC (o primeiro se deu em Quito, em 2017) e também a intenção do programa de buscar espaços de escuta/roda de conversa com as organizações nas cidades onde se realizam as reuniões do Conselho Intergovernamental.
Agenda comum
De volta à Casa Victoria Ocampo, os participantes do 3º Encontro de Redes deram início à roda de conversa “Por uma rede de cidades e governos locais para a cultura comunitária” e buscaram estabelecer uma agenda e algumas ações para o GT de governos locais promover este ano, em articulação com o programa IberCultura Viva.
Conforme determinado pelo Conselho Intergovernamental, duas ações são necessárias para validar a integração à rede: uma solicitação assinada pela autoridade do governo local e um plano de trabalho com ao menos duas atividades de articulação. Para que esta rede avance, o grupo de trabalho de governos locais – que começou com 11 integrantes (10 municípios e uma província) e agora conta com mais oito municípios – deve propor projetos para desenvolver em vinculação com o programa. Propõe-se, também, aproveitar estes espaços como instâncias de reflexão, para gerar alguns consensos e relatos comuns sobre o que são as políticas culturais de base comunitária e poder melhorar estas políticas em seus territórios.
“Há distintas linhas de trabalho que podemos seguir aprofundando em função de pensar o substantivo”, destacou Benhabib. “Podemos, por exemplo, armar um próximo encontro que se encarregue de reflexionar sobre o que é o comunitário, o que é a política de base comunitária, quais são as ferramentas, e que não estejam presentes apenas os representantes dos governos locais, mas sim as vozes dos protagonistas das políticas, daqueles que cogestionam os espaços comunitários.”
Duas instâncias
Como esclareceu Emiliano Fuentes Firmani, os governos locais não têm que fazer aportes monetários ao fundo IberCultura Viva para participar da rede. Os países membros são os que contribuem com uma cota anual – e este fundo está destinado ao trabalho comum, ao desenvolvimento de iniciativas como editais, concursos, bolsas, etc. No caso do governos locais, a contribuição se dará por meio de ações de articulação.
“IberCultura Viva é um programa de governos centrais que propõe como linha de ação a articulação com governos locais, que são as instâncias do poder público que articulam com o sujeito principal com que se trabalha”, explicou o secretário técnico. “A forma com que encontramos foi articular um grupo de trabalho primeiro e uma rede depois. (…) A rede já existe, se constituiu com alguns governos locais e começou a funcionar. Isso, no entanto, não inibe a existência do GT. São duas instâncias de um mesmo processo.”
Ainda que a rede já esteja formalizada para começar a estruturar suas atividades de articulação, o GT seguirá aberto, ocupando-se de informar aqueles que não conhecem a iniciativa e de acompanhar os processos para as adesões, entre outras coisas. As comissões de trabalho são do âmbito do GT, e a partir de agora vão receber novas funções a fim de direcionar as ações para o fortalecimento da rede que está se constituindo.
Os acordos
Ao fim das duas jornadas, foi proposta a reorganização das comissões de trabalho em “Comissão de comunicação e publicações” e “Comissão de fortalecimento e organização”. A primeira terá como missão trabalhar na elaboração de um documento comum sobre o que são as políticas culturais comunitárias, incluindo a sistematização de saberes e boas práticas dentro do Banco de Saberes IberCultura Viva, para promover o intercâmbio. Também deverá elaborar um selo IberCultura Viva que sirva para a visibilidade da rede, e construir um documento com perguntas frequentes para dar a outros governos locais a informação necessária na hora de definir sua participação na rede.
A Comissão de Fortalecimento e Organização, por sua vez, estará encarregada de: 1) estabelecer a agenda de trabalho e articulação de ações com os governos locais já aderidos à rede; 2) sistematizar as ações que já estão planejadas e unificar agendas dos programas existentes; 3) criar uma estratégia que permita difundir ferramentas que melhorem as práticas de políticas culturais comunitárias nos diversos territórios; 4) estabelecer um mecanismo de trabalho que permita a realização de encontros virtuais e presenciais para o grupo de trabalho; e 5) planejar a realização de um encontro para a discussão de temas substantivos ou transversais relacionados à implementação das políticas culturais de base comunitária.
Confira os vídeos da transmissão ao vivo: https://www.facebook.com/pg/iberculturaviva/videos/
Cultura comunitária e gênero: algumas propostas para começar a aplicar nos congressos e nas organizações
Em 23, maio 2019 | Em Notícias | Por IberCultura
Na última quinta-feira, 16 de maio, em San Martín (Buenos Aires, Argentina), a programação do 4º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária apresentou a Oficina de Cultura Comunitária e Gênero. A atividade, facilitada pela coletiva feminista Conurbanas, foi uma das atividades propostas pelo programa IberCultura Viva para o evento, dirigida às/aos congressistas e o público em geral.
A oficina, que foi articulada com o círculo da palavra “Feminismos, Gêneros e Diversidade”, teve como objetivos oferecer ferramentas para analisar a situação de equidade de gênero nas organizações culturais comunitárias; destacar as condições de equidade de gênero nas organizações presentes, e produzir recomendações para a incorporação da perspectiva integral de gênero nas políticas culturais de base comunitária.
O círculo “Feminismos, Gêneros e Diversidade” foi realizado ao longo do congresso-caravana que passou por Mendoza, Córdoba, Entre Ríos e Buenos Aires, com mais de 60 pessoas em todas as sedes. Nestas sessões, se buscou elaborar acordos, propostas e urgências que sirvam de base para começar a dialogar no próximo congresso e que se apliquem não apenas no evento, mas também nas organizações culturais comunitárias.
As propostas se agruparam em torno de três eixos: formação, comunicação e políticas públicas. Uma das ideias foi a criação de escolas comunitárias feministas, de gênero e diversidade, e de governabilidade, que trabalhem de forma virtual e presencial no congresso. Também se propôs que todos os círculos da palavra tenham perspectiva de gênero e feminista, que haja transversalidade e que envolvam organizações LGBT nos espaços artísticos e de expressão.
Além disso, foi discutido o compromisso dos países em gerar convênios ou acordos com espaços acadêmicos para criar políticas públicas relativas a questões de gênero e inclusão das minorias, e a proposição de estratégias para promover a representação de companheiras feministas e/ou do coletivo LGBT dentro do planejamento geral do congresso em todos os países.