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15

ago
2022

Em Notícias

Ministério das Culturas do Chile promove ciclo de palestras “Pontos de Cultura na América Latina: Aprender para criar”

Em 15, ago 2022 | Em Notícias |

(Foto: Marina Leitner)

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Representantes de seis países participarão do ciclo de conversatórios “Pontos de Cultura na América Latina: Aprender para criar”, que será realizado virtualmente de 18 de agosto a 22 de setembro, sempre às quintas-feiras, das 18h às 20h (horário do Chile), via Facebook Live (Cidadania Cultural).

A iniciativa visa abrir espaços de diálogo, discussão e participação para a construção do programa Pontos de Cultura que será implementado, a partir de 2023, pelo Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, por meio do Departamento de Cidadania Cultural.

Todas as quintas-feiras, expoentes da América Latina serão convidados a compartilhar suas experiências. Participarão representantes da Argentina, do Peru, do México, da Costa Rica, do Uruguai e do Brasil. Entre as pessoas convidadas há representantes governamentais e integrantes de Pontos de Cultura.

 Os diálogos serão abertos ao público em geral e especialmente a membros das comunidades organizadas em torno da cultura, que desenvolvem atividades artísticas e culturais no Chile. Para se inscrever e/ou fazer consultas, deve-se enviar um e-mail para puntodecultura@cultura.gob.cl.

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Primeiro dia: Argentina

Diego Benhabib

O ciclo começará com a experiência dos Pontos de Cultura na Argentina, na próxima quinta-feira, 18 de agosto. Participarão como expositores Diego Benhabib, coordenador do programa Puntos de Cultura desenvolvido pelo Ministério de Cultura; Marihem Soria, diretora de Cultura Viva da Secretaria de Cultura de Córdoba, e Eduardo Balán, coordenador do coletivo El Culebrón Timbal, que integra a Rede Nacional de Pontos de Cultura. 

Na Argentina, Puntos de Cultura é um programa nacional que busca fortalecer as ações de redes, grupos e organizações culturais ancoradas territorialmente, por meio de apoio técnico e econômico para sustentar seus espaços e aprimorar seus projetos culturais comunitários. 

Desde 2011, o programa acompanha o desenvolvimento de projetos culturais territoriais e coletivos, promovidos por organizações que estão inseridas nas áreas mais vulneráveis ​​e que trabalham com os setores mais carentes da sociedade. Mais de mil organizações de todo o território federal compõem a Rede Nacional de Pontos de Cultura, por meio da qual se realizam intercâmbios de saberes e experiências.

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Segundo dia: Peru

Carlos La Rosa

A segunda conversa, no dia 25 de agosto, será dedicada à experiência do Peru. Criada em 2011, a iniciativa da Direção de Artes do Ministério de Cultura do Peru busca ampliar o exercício dos direitos culturais em nível comunitário, com ênfase especial nas crianças, nos jovens e na população em situação de vulnerabilidade, promovendo a inclusão, o empoderamento e a cidadania intercultural.

Para tanto, o Ministério da Cultura identifica, reconhece, fortalece e articula em uma Rede Nacional de Pontos de Cultura as organizações sociais que mantêm um trabalho contínuo, com base na arte e na cultura, auxiliando no atendimento das prioridades locais (como melhoria da educação, saúde e segurança) e promovendo processos de desenvolvimento individual e comunitário. Atualmente, a rede conta com mais de 550 Pontos de Cultura na região metropolitana de Lima e nas 25 regiões do país. 

Os expositores serão: Carlos La Rosa, diretor de Artes do Ministério da Cultura; Fabiola Figueroa Cárdenas, gerente de Cultura da Municipalidade de Lima Metropolitana; Gustavo López Infantas, subgerente de Promoção Cultural e Cidadania da Municipalidade de Lima Metropolitana; María Elena Benites Aguirre, dp grupo Chaski Comunicação Audiovisual (Lima); Connie Philipps Del Castillo, da Lupuna Artes Amazónicas (San Martín); Wilman Calderón Castillo, da Associação do Grupo de Teatro Mala – GRUTEMA (província de Lima), e Eduardo Ludeña León, da Associação Cultural Latino-Americana Unida (Lima).

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Terceiro dia: México

Esther Hernández

O programa Cultura Comunitária, desenvolvido há três anos pela Secretaria de Cultura do Governo do México, será o tema do terceiro dia do ciclo, em 1º de setembro. As apresentações programadas são de Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura e presidenta do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, e Manuel Trujillo, representante da presidência do programa, que também comentará o trabalho da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.

Esther Hernández comentará especialmente o trabalho realizado a partir dos Semilleros Creativos, uma das principais iniciativas do programa Cultura Comunitária, concebido como espaços de ensino e aprendizagem artística para crianças e jovens em contextos comunitários, com vistas à transformação social. O país tem cerca de 300 Semilleros Creativos. 

Lançado em fevereiro de 2019, o programa Cultura Comunitária busca promover o exercício efetivo dos direitos culturais de indivíduos, grupos e comunidades, principalmente aqueles/as que ficaram de fora das políticas culturais, por meio do desenho de estratégias que promovam a cultura para a paz, transformação social, participação na vida cultural, desenvolvimento cultural comunitário e fortalecimento das capacidades locais, sob os princípios de inclusão e não discriminação.

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Quarto dia: Costa Rica

Eduardo Reyes

No dia 8 de setembro, a discussão girará em torno da experiência da Costa Rica. As apresentações serão feitas por Eduardo Reyes Paniagua, gestor sociocultural responsável pelo programa de Pontos de Cultura do Ministério da Cultura e Juventude, além de representantes do Ponto de Cultura Cine El Bajo e da Municipalidade de Alajuelita, que faz parte da Rede do IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais e está implementando em 2022 o plano operativo da política cultural que foi aprovada em outubro de 2019. 

Na Costa Rica, Puntos de Cultura é um programa de estímulo administrado pela Direção de Gestão Sociocultural do Ministério da Cultura e Juventude. Desde a sua primeira convocatória, em 2015, apoiou 153 projetos de organizações e grupos culturais, com uma grande diversidade de temas e áreas de atuação.

Um dos objetivos do programa é gerar condições para o exercício dos direitos culturais das pessoas por meio da atuação das organizações socioculturais e das comunidades com as quais trabalham. Além disso, procura criar intercâmbios e espaços de formação conjunta, para melhorar as capacidades de gestão das organizações socioculturais do país.

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Quinto dia: Uruguai 

Juan Carlos Barreto

No Uruguai, Puntos de Cultura é um programa da área de Gestão Territorial da Direção Nacional de Cultura, do Ministério da Educação e Cultura, que surge na articulação interinstitucional com os três níveis de governo (estadual, departamental e municipal). Seu objetivo é reconhecer e fortalecer coletivos ou organizações que desenvolvam atividades culturais com impacto em nível comunitário e que contribuam para a inclusão sociocultural.

Os destinatários do programa Puntos de Cultura são as organizações, movimentos, associações, cooperativas, coletivos e grupos culturais da sociedade civil que têm um tempo de atuação na comunidade, desenvolvendo atividades, promovendo o exercício dos direitos culturais e o desenvolvimento local.

Na conversa do dia 15 de setembro, que será dedicada à experiência uruguaia, está prevista a participação de Juan Carlos Barreto, coordenador da área de Gestão Territorial da Direção Nacional de Cultura, e de Laura López, coordenadora nacional do programa Puntos de Cultura.

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Sexto dia: Brasil

Celio Turino

A sexta e última discussão do ciclo, no dia 22 de setembro, será dedicada ao Brasil, país que implementou o programa Cultura Viva em 2004, inspirando os demais países da América Latina a se comprometerem com um modelo de política “de baixo para cima”, dando força e reconhecimento institucional às organizações da sociedade civil que já desenvolviam atividades culturais em suas comunidades.

O programa Cultura Viva, transformado em política de Estado no Brasil em 2014, com a sanção da Lei 13.018, tem como base de apoio os Pontos de Cultura, que são as entidades ou coletivos culturais reconhecidos e certificados pelo governo federal. Não existe um modelo único de Pontos de Cultura. Cada um desenvolve suas atividades de acordo com suas necessidades e plano de trabalho. A ideia é que não tenha fins lucrativos, que realmente atue como ponto de cultura em sua comunidade, que seja um espaço de prática, aprendizado e vivência cultural. Entre os aspectos comuns a todos estão a transversalidade e a gestão compartilhada entre Estado e sociedade civil. 

Os convidados para este conversatório são Célio Turino, historiador, escritor e gestor de políticas públicas, um dos idealizadores do programa Cultura Viva e impulsor dos Pontos de Cultura, e Alexandre Santini, ex-diretor de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil, e atual secretário das Culturas de Niterói, um dos municípios membros da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais.  

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(Fonte: Ministério das Culturas, Artes e Patrimônio do Chile)

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