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Blog

21

abr
2024

Em Notícias

Por IberCultura

Em viagem pela Colômbia, ministra da Cultura do Brasil visita a Corporación Cultural Nuestra Gente, em Medellín

Em 21, abr 2024 | Em Notícias | Por IberCultura

(Fotos: Luciele Oliveira/MinC)

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A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, esteve na Colômbia de 15 a 21 de abril, acompanhando a comitiva oficial – que incluiu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva – na inauguração da 36ª Feira Internacional do Livro de Bogotá. Ela aproveitou a viagem para trocar experiências e conhecer políticas públicas e projetos desenvolvidos em cidades como Bogotá e Medellín. Em seu quarto dia de agenda na Colômbia, na sexta-feira (19/04), a ministra visitou a Corporación Cultural Nuestra Gente, em Medellín, onde também se reuniu com o secretário municipal de Cultura Cidadã, Santiago Silva Jaramillo.

“A cultura e a arte são ferramentas de transformação real da vida e Medellín tem uma história muito forte em relação à transformação do ambiente de violência e ao acolhimento das novas gerações’’, comentou Margareth Menezes. “As experiências que eles têm aqui, nós queremos replicar no Brasil, porque tudo se faz a partir do cidadão e de quem mora nos lugares. Está mais do que no momento das políticas públicas serem um acolhimento a todos”. 

A Corporación Cultural Nuestra Gente é uma organização da Comuna 2 da Zona Nordeste de Medellín que foi criada em 1987 e está vinculada à Rede Colombiana e Latino-americana de Teatro em Comunidade. O grupo está sediado na Casa Amarilla, casa que já foi bordel e que se tornou referência cultural, social e comunitária no bairro de Santa Cruz. Um espaço cultural de bairro que se projeta para a cidade, buscando “formar pessoas líderes de uma cultura de vida e de sonhos comuns, seres portadores de alegria, paz e solidariedade”.

O Encontro Nacional Comunitário de Teatro Jovem, que teve sua 28ª edição em 2023, é uma das principais iniciativas desenvolvidas pela corporação em suas mais de três décadas de história. O evento foi criado em 1996, como resultado de um processo de consultoria e formação de grupos de teatro juvenil da Zona Nordeste, e cresceu a ponto de reunir milhares de pessoas em uma grande festa anual – construída por todos e para todos – na qual o teatro sai do palco e vai às ruas, rompendo fronteiras, com artistas locais, nacionais e internacionais construindo espaços de convivência e harmonia.

Jorge Blandón, diretor e cofundador da Corporación Cultural Nuestra Gente, foi uma das pessoas que receberam a ministra Margareth Menezes na Casa Amarilla para contar um pouco da história e das atividades desenvolvidas pela entidade. Este encontro serviu, também, para conversar sobre o Movimento de Cultura Viva Comunitária na Colômbia, contribuir com a discussão sobre Pontos de Cultura em diferentes países da América Latina, e sobre como um país pode aprender com o outro em termos de fomento artístico e cultural. Serviu, ainda, para falar das experiências da Corporación Convivamos, da Red Cultural Comuna 4 e da Plataforma Puente Cultura Viva Comunitaria.

Jovens de Sonidos de la Vida e Las Pilanderas, dois dos processos de formação de Nuestra Gente, se encarregaram das apresentações artísticas durante a visita da comitiva brasileira, inclusive com tambores inspirados no grupo baiano Olodum. João Jorge Rodrigues, um dos fundadores do Olodum, hoje presidente da Fundação Cultural Palmares, também participou da visita à Casa Amarela. Segundo Blandón, a experiência brasileira com os Pontos de Cultura e grupos como o Olodum “continuam sendo uma inspiração para a Colômbia e toda a América Latina”.

Para o secretário de Cultura Cidadã de Medellín, Santiago Silva Jaramillo, esta troca de experiências é valiosa para ajudar a resolver os problemas enfrentados por outras cidades ou países. “Em matéria cultural, as nossas redes de cooperação sempre foram muito ativas. Fomos ao Brasil aprender com vocês e agora vocês vêm aprender com a gente, porque existe essa irmandade constituinte entre o Brasil e a Colômbia”, comemorou o secretário.

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O exemplo de Medellín

Primeiro município a aderir à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, Medellín conta desde 2011 com uma política pública para o reconhecimento e promoção da Cultura Viva Comunitária (CVC) na cidade. Esta política, sancionada através do Acordo Municipal 50 de 2011 e regulamentado por Decreto 1.606 de 2013, visa valorizar as iniciativas culturais existentes nos territórios culturais, bem como promover os direitos culturais e estimular a criação de novas iniciativas, através do apoio técnico, tecnológico, financeiro e institucional às experiências autogeridas no território local.

Desde 2013, a Secretaria da Cultura Cidadã concede incentivos e prêmios às expressões da Cultura Viva Comunitária no município. A Prefeitura de Medellín também tem apoiado organizações locais para que participem dos Congressos Latino-americanos de Cultura Viva Comunitária e contribuído com eventos de reflexão sobre CVC, como o Encuentro de la Armonía: Cultura + Educación + Comunidad, que reuniu em Medellín, em setembro de 2016, representantes de 12 países latino-americanos. Em 2018, os Diálogos Territoriais de Medellín Cultura Viva, realizados com o apoio da Comfama, contaram com a participação de aproximadamente 190 organizações.

Tanto o Encuentro de la Armonía quanto os Diálogos Territoriais foram organizados pela Plataforma Puente CVC, uma rede de redes que está presente em 19 países latino-americanos e que realiza uma gestão conjunta em torno de temas como “Arte e transformação social”, “Comunicação para o desenvolvimento ” e “Teatro em comunidade”, entre outros. Esta rede continental foi lançada em Medellín como resultado do Encuentro Latinoamericano Plataforma Puente, que reuniu uma centena de organizações culturais comunitárias da cidade no período de 13 a 16 de outubro de 2010.

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Saiba mais sobre Nuestra Gente:

Corporación Cultural 30 años – Ser, Hacer, Acontecer

19

abr
2024

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

193 inscrições foram habilitadas no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024

Em 19, abr 2024 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

(Foto: Luciele Oliveira/MinC)

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O programa IberCultura Viva divulgou nesta sexta-feira, 19 de abril, a lista definitiva de candidaturas habilitadas que continuam no processo seletivo do Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024: são 193, provenientes dos 12 países membros.

Uma primeira lista, com 151 projetos habilitados e 105 desabilitados, havia sido publicada no dia 9 de abril. Nesta data se abriu um prazo de três dias para que as organizações pudessem interpor recursos e complementar a documentação por e-mail. Este prazo se encerrou na sexta-feira, 12 de abril.

A Unidade Técnica aceitou 42 recursos provenientes de redes de 11 países: 13 da Argentina, 4 do Chile, 6 da Colômbia, 1 da Costa Rica, 2 do Equador, 2 de El Salvador, 5 da Espanha, 3 do México, 3 do Paraguai, 2 do Peru e 1 do Uruguai. Estas postulações se somam às divulgadas anteriormente e passarão à segunda fase do processo de seleção.

Nesta segunda etapa, os projetos habilitados serão avaliados por representantes dos governos dos 12 países participantes (cada governo é responsável por avaliar os projetos de seu próprio país). A avaliação será dada de acordo com os critérios previamente estabelecidos no regulamento do edital. Serão selecionados os projetos que obtiverem a pontuação mais alta em cada país.

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Inscrições recebidas

A edição 2024 do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo esteve aberta entre 23 de janeiro e 13 de março, período em que foram recebidas 256 candidaturas na plataforma Mapa IberCultura Viva. Este foi o maior número de inscrições nesta convocatória desde 2016, ano em que foi lançada a primeira edição. O recorde anterior era de 2022, quando foram enviadas 251 candidaturas.

Os dois países com maior número de candidaturas enviadas este ano foram a Colômbia (74) e a Argentina (73). Depois, México (20), Equador (16), Espanha (12), Peru (12), Brasil (11), Chile (11), Costa Rica (11), Paraguai (7), Uruguai (7) e El Salvador (2). A República Dominicana, que participou como país convidado, não apresentou nenhuma inscrição.

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Confira a lista definitiva de candidaturas habilitadas e não habilitadas

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Leia também:

Edital de Apoio a Redes 2024 tem 151 inscrições habilitadas; prazo de recursos termina em 12 de abril

Edital de Apoio a Redes 2024 tem número recorde de candidaturas: 256 inscrições enviadas

IberCultura Viva abre o Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024

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18

abr
2024

Em Destaque
Notícias

Por IberCultura

Começa a edição 2024 do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária

Em 18, abr 2024 | Em Destaque, Notícias | Por IberCultura

Começou nesta quinta-feira (18/04) a sétima turma do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, que a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina) realiza em conjunto com o programa IberCultura Viva. Oitenta pessoas participaram da sessão inaugural, iniciada ao meio-dia (de Brasília) por videoconferência. 

Além da equipe encarregada deste curso virtual da Área Comunicação e Cultura de FLACSO-Argentina, estavam presentes alunas e alunos matriculados nesta edição, a Unidade Técnica do IberCultura Viva e representantes da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil (SCDC), que assumiu a presidência deste programa de cooperação em março deste ano. A vice-presidência, a cargo do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, também esteve representada neste encontro.

Márcia Rollemberg, Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC e presidenta do IberCultura Viva, enviou um vídeo com uma saudação e um convite às pessoas participantes desta sétima turma e às mais de 600 que já concluíram este curso, lançado em 2018: “Neste momento em que o IberCultura Viva completa 10 anos, seria um grande presente que alunas e alunos egressos pudessem formar uma rede. Uma rede de profissionais com trabalhos de referência com relação às políticas culturais de base comunitária”. 

A ideia é poder lançar esta rede em novembro, mês da reunião presencial do Conselho Intergovernamental do IberCultura Viva, quando se pretende fazer um seminário para compartilhar e consolidar esta iniciativa. “Conto com vocês. Que tenham um bom curso e que a gente possa estar juntos, cada vez mais, por uma região ibero-americana unida, onde todos tenham acesso ao fomento e ao exercício dos direitos culturais”, afirmou a presidenta.

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João Pontes, diretor da Política Nacional de Cultura Viva do MinC, e um dos alunos desta edição de 2024, também participou da sessão inaugural, aproveitando para saudar a equipe da FLACSO-Argentina e a Unidade Técnica do IberCultura Viva. ‘Para o Brasil, é muito importante este processo de construção coletiva de conhecimento, de compartilhamento de saberes. Saberes que são ancestrais, que fazem parte da nossa base comunitária, e que de alguma forma se apresentam como contracolonização, como resistência dos povos, das nossas ancestralidades, das nossas culturas populares e tradicionais, que fazem parte da Cultura Viva na América Latina”, destacou.

Leandro Anton, coordenador de Articulação da Cultura Viva na SCDC, também matriculado no curso este ano, ressaltou a importância da iniciativa mencionada por Márcia Rollemberg, no sentido de formar uma rede de pesquisadoras/es que fazem trabalhos referentes à política de Cultura Viva e aos programas de Pontos de Cultura que vêm sendo implementados em outros países. “Neste momento em que começamos a celebrar os 10 anos do IberCultura Viva e os 20 anos de Cultura Viva no Brasil, é fundamental essa produção de conhecimento a partir da pesquisa sobre essas políticas públicas de base comunitária, para poder refletir e ter contribuições para os processos que estão tendo uma retomada, como aqui no Brasil. São subsídios muito significativos para este ciclo”, ressaltou.

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Bolsas do programa

Para esta edição de 2024, o programa IberCultura Viva distribuiu 104 bolsas para pessoas dos 12 países membros (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai) e da República Dominicana, país convidado a participar este ano. O Edital de Bolsas 2024 ficou aberto de 20 de dezembro de 2023 a 15 de fevereiro de 2024, período em que recebeu 625 inscrições. Este foi o maior número de candidaturas já apresentadas a esta convocatória.

“É uma alegria começar esta edição do curso, uma edição muito particular porque este ano tivemos recorde de apresentações para as bolsas, de inscrições e consultas, o que mostra que há uma demanda real de formação necessária em políticas culturais de base comunitária”, comemorou Franco Rizzi, coordenador acadêmico do curso de pós-graduação (junto com Belén Igarzábal), na abertura desta sessão inaugural. “Isso nos deixa muito contentes, porque estamos trabalhando há sete anos nisso e segue o desafio de nos atualizar, pensar, discutir e encontrar saídas na cultura comunitária, na cultura em território, nas políticas públicas.”

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Para Flor Minici, secretária técnica do IberCultura Viva, este ano marca um ponto de inflexão para o que significa esta aliança com FLACSO-Argentina, já que houve recorde de inscritos no Edital de Bolsas 2024. “Desde 2018, o programa concedeu mais de 700 bolsas para este curso, que está totalmente consolidado, ainda que em permanente transformação e atualização, de acordo com os tempos e as problemáticas que vão se manifestando no contexto da região, tal como FLACSO expressa também em sua identidade como instituição: uma instituição muito próxima, dinâmica e ‘porosa’ com respeito aos problemas contemporâneos dos países que trabalham neste âmbito”.

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Funcionamento do curso

Neste primeiro encontro virtual do curso, além de dar as boas-vindas às pessoas matriculadas nesta edição, os coordenadores acadêmicos Belén Igarzábal e Franco Rizzi, a tutora Cecilia Salguero e a assistente técnica Malena Taboada explicaram como funciona o curso e como vão trabalhar durante o ano com as aulas, fóruns e trabalhos parcial e final. 

Belén Igarzábal explicou que FLACSO é uma rede, um sistema da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais que está em 13 países da América Latina, e que este curso nasceu da associação de IberCultura Viva com a FLACSO-Argentina. “Se chama ‘pós-graduação internacional’ porque todos os professores e professoras vêm de distintos países, de distintas cidades de todo o continente latino-americano. E também os alunos e alunas, porque como vemos aqui estamos flutuando entre o espanhol e o português”, comentou.

Como detalhou a coordenadora acadêmica, a proposta está dividida em cinco módulos (“Processos culturais contemporâneos”, “Políticas culturais”, “Cultura de base comunitária”, “Redes e cultura colaborativa” e “Desenho, monitoramento e avaliação de políticas públicas”) mais um módulo introdutório. Cada módulo conta com quatro ou cinco aulas (à exceção do módulo introdutório, que tem duas aulas), em suporte escrito e/ou audiovisual. As aulas são publicadas semanalmente, às quintas-feiras, e podem ser lidas/assistidas em qualquer horário (dentro daquela semana). 

Em cada módulo abre-se um fórum para que as/os estudantes compartilhem suas dúvidas, experiências, ideias e opiniões. Estes espaços de intercâmbio que se criam ao longo do ano são destacados pela equipe de FLACSO como algo muito valioso deste curso, uma vez que reúnem pessoas com realidades distintas, em diferentes países, e que ali vão tecendo redes. Algumas trabalham em políticas públicas, outras integram organizações culturais comunitárias e centros culturais independentes, e a intenção é que todas possam compartilhar seus conhecimentos e experiências nos territórios. 

“Consideramos que o mais interessante neste curso, além das leituras, dos vídeos e de todo o conteúdo, é o intercâmbio. Assim que promovemos, valorizamos e incentivamos o intercâmbio entre todos e todas nós, sempre a partir do respeito pelas distintas miradas. Hoje esta rede começa a caminhar, começa a se gestar, e ficamos muito contentes por isso, afirmou Belén Igarzábal.

Outros encontros sincrônicos como este deverão ser realizados ao longo do ano, mas assim como esta sessão inaugural, estarão disponíveis no campus virtual da FLACSO-Argentina para quem não puder assistir no momento de sua realização.

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16

abr
2024

Em Notícias

Por IberCultura

Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária terá sessão inaugural esta semana

Em 16, abr 2024 | Em Notícias | Por IberCultura

Nesta quinta-feira, 18 de abril, será realizada a sessão inaugural da sétima turma do Curso de Pós-graduação em Políticas Culturais de Base Comunitária, que a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO-Argentina) realiza em conjunto com o programa IberCultura Viva. 

Esta sessão servirá para apresentar a equipe encarregada deste curso da Área Comunicação e Cultura de FLACSO-Argentina e dar as boas-vindas às pessoas matriculadas nesta edição. Os coordenadores acadêmicos da pós-graduação, Belén Igarzábal e Franco Rizzi, a tutora Cecilia Salguero e a assistente técnica Malena Taboada explicarão como funciona o curso e como vão trabalhar durante o ano com as aulas, fóruns e trabalhos parcial e final. 

A proposta acadêmica está dividida em cinco módulos (“Processos culturais contemporâneos”, “Políticas culturais”, “Cultura de base comunitária”, “Redes e cultura colaborativa” e “Desenho, monitoramento e avaliação de políticas públicas”)  e um módulo introdutório. Cada módulo conta com quatro ou cinco aulas (à exceção do módulo introdutório, que tem duas aulas), em suporte escrito e/ou audiovisual. As aulas são publicadas semanalmente, às quintas-feiras, e podem ser lidas/assistidas em qualquer horário (dentro daquela semana). 

Em cada módulo abre-se um fórum para que as/os estudantes compartilhem suas dúvidas, experiências, ideias e opiniões. Estes espaços de intercâmbio que se criam ao longo do ano são destacados pela equipe de FLACSO como algo muito valioso deste curso, uma vez que reúnem pessoas com realidades distintas, em diferentes países, e que ali vão tecendo redes. Algumas trabalham em políticas públicas, outras integram organizações culturais comunitárias e centros culturais independentes, e a intenção é que todas possam compartilhar seus conhecimentos, bagagens e experiências nos territórios.

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Bolsas do programa

Para esta edição de 2024, o programa IberCultura Viva distribuiu 104 bolsas para pessoas dos 12 países membros (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai) e da República Dominicana, país convidado a participar desta edição. O Edital de Bolsas 2024 ficou aberto de 20 de dezembro de 2023 a 15 de fevereiro de 2024, período em que recebeu 625 inscrições. Este foi o maior número de candidaturas já apresentadas a esta convocatória.

Desde o lançamento, em 2018, o programa IberCultura Viva concedeu mais de 700 bolsas para este curso. Desse total, 605 pessoas – funcionárias de organismos públicos ou membros de organizações culturais comunitárias – foram selecionadas nos editais realizados para as turmas de 2018 a 2024. As pessoas que receberam estas bolsas foram aquelas que obtiveram as mais altas pontuações entre as candidatas de cada país membro, conforme os critérios estabelecidos no regulamento.

Nestes sete anos também foram concedidas 115 bolsas extras com os recursos de formação que alguns governos tinham à sua disposição no Fundo Multilateral IberCultura Viva, principalmente os do Brasil e do Chile. Estas bolsas extras foram destinadas exclusivamente a representantes de organizações culturais comunitárias, e a seleção seguiu a ordem de classificação das pessoas candidatas nas convocatórias.

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16

abr
2024

Em Notícias

Por IberCultura

Reunião do Conselho Intergovernamental marca transferência da presidência do México para o Brasil

Em 16, abr 2024 | Em Notícias | Por IberCultura

(Foto: 12ª Reunião do Conselho Intergovernamental, realizada no México em março de 2022)

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O Conselho Intergovernamental IberCultura Viva se reunirá nesta terça-feira, 16 de abril, por videoconferência, para discutir temas como o andamento das convocatórias, a apresentação de relatórios e o planejamento das próximas ações, incluindo as atividades comemorativas dos 10 anos de lançamento do programa.

Esther Hernandez

O encontro virtual marcará a transferência da presidência do México para o Brasil, de forma simbólica, com um espaço para que Esther Hernández Torres, diretora geral de Vinculação Cultural da Secretaria de Cultura do Governo do México, que atuou como presidenta do Conselho Intergovernamental nos últimos três anos, possa agradecer aos 12 países membros do programa, à Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) e à Unidade Técnica pelo trabalho conjunto neste período.

A nova presidência estará a cargo de Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil. Uma das pessoas que impulsionaram a criação do programa IberCultura Viva, há 10 anos, ela foi a primeira presidenta do Conselho Intergovernamental e volta ao cargo neste momento de reconstrução do Ministério da Cultura do Brasil e de reativação da Política Nacional de Cultura Viva, que completa 20 anos em 2024.

O governo do Brasil terá mandato de três anos na presidência, até o início de 2027. Nesse período, a vice-presidência ficará com o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, na figura de Marianela Riquelme, chefa do Departamento de Cidadania Cultural, que tem promovido a implementação do programa Puntos de Cultura Comunitaria em seu país e a adesão de vários municípios à Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. Atualmente, o Chile é o país com maior número de membros nesta rede: são 12 comunas, que vêm realizando reuniões e trocando experiências.

A rede chilena de governos locais se reuniu em Concepción, em dezembro de 2023

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Gestão do México

O período em que o México esteve na presidência do IberCultura Viva marcou um importante crescimento da Rede de Cidades e Governos Locais. Esta rede consolidou seu Estatuto de Constituição em julho de 2021, após algumas sessões de trabalho no âmbito do 2º Encontro de Cultura Viva Comunitária em Cidades e Governos Locais da América Latina, realizador no município de Zapopan (Jalisco, México). Nesta reunião de 2021, a rede contava com 14 membros. No fim de 2023 tinha 36 membros (31 cidades e 5 províncias/estados, de 7 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru e México).

Da mesma forma, o Edital de Bolsas para o Curso de Pós-Graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária beneficiou 280 pessoas nestes três anos de gestão mexicana: 88 receberam bolsas do programa IberCultura Viva em 2021; 96 em 2022 e 96 em 2023. Outras 53 bolsas extras foram concedidas pelos governos do Brasil, Chile e El Salvador, totalizando 333 bolsas concedidas a funcionários/as públicos/as e representantes de organizações culturais comunitárias.

Entre 2021 e 2023, o valor total atribuído ao Edital de Apoio a Redes e Trabalho Colaborativo saltou de 68 mil dólares para 174 mil dólares. O número de organizações culturais comunitárias apoiadas nestes três anos também subiu: começou com 20 em 2021, passou a 22 em 2022, e chegou a 34 organizações em 2023. 

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Outra iniciativa de destaque foi o Edital de Mobilidade, que apoiou a participação de 61 representantes de organizações culturais comunitárias, de 12 países, no 5º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado no Peru de 8 a 15 de outubro de 2022. Nos congressos anteriores, realizados em 2017 e 2019, respectivamente no Equador e na Argentina, o número de pessoas apoiadas com compra de passagens aéreas, seguros de viagem e inscrições havia sido menor: 52 pessoas apoiadas em 2017, e 33 em 2019.

O governo do México também teve uma importante participação no desenvolvimento da convocatória “Cenzontle: Uma Janela para as Línguas Originárias da Ibero-América”, lançada em conjunto com o programa Ibermemoria Sonora, Fotografia y Audiovisual. Esta foi a primeira convocatória na história do programa dedicada exclusivamente ao apoio às comunidades de línguas indígenas. A iniciativa estava destinada a projetos concluídos, em desenvolvimento ou a serem realizados, voltados a processos de conservação, registro, pesquisa, divulgação, educação, gestão ou valorização de línguas indígenas ou nativas. Dezesseis prêmios de US$ 950 (cada) foram concedidos a projetos de 10 países.

A sinergia com outros programas de cooperação ligados à Secretaria-Geral Ibero-Americana também se deu através do lançamento de outras três edições do concurso Sabores Migrantes Comunitários, apresentado em conjunto com Ibercocinas e Iber-Rutas. Em 2021, foram contempladas 16 práticas culinárias, com prêmio de R$ 500 cada. Tanto em 2022 como em 2023, foram premiadas 13 receitas, com 600 dólares cada, além do reconhecimento de “Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana”.

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Com Ibermuseus e Iber-Rutas, o programa apresentou o projeto do Banco de Saberes e Boas Práticas do Espaço Ibero-americano, uma plataforma virtual que reúne projetos, tecnologias sociais, experiências e ações desenvolvidas por instituições museológicas, organizações culturais comunitárias, grupos de migrantes e outros agentes culturais ibero-americanos. A ideia surgiu numa convocatória da SEGIB realizada em 2021, com o objetivo de promover o diálogo intercultural e destacar o papel da cultura como agente transformador de condições e imaginários, na melhoria da qualidade de vida das pessoas, de seu estado mental e emocional e, ao mesmo tempo, promotor de sociedades mais justas.

Um concurso de vídeo com o tema “Juventudes e cultura comunitária: O papel das e dos jovens como agentes de mudança social” também foi lançado em 2021 – derivado da pandemia e do confinamento –, um ano complexo, de aprendizagem e desafios, não só no tema da virtualidade, mas também no que diz respeito aos cuidados de saúde mental em situações de emergência.

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13

abr
2024

Em Destaque
Notícias

Por IberCultura

IberCultura Viva completa 10 anos: lançamento foi na Costa Rica, no VI Congresso Iberoamericano de Cultura

Em 13, abr 2024 | Em Destaque, Notícias | Por IberCultura

[MEMÓRIA]

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Há 10 anos, entre os dias 11 e 13 de abril de 2014, se realizava na cidade de San José, na Costa Rica, o VI Congresso Ibero-americano de Cultura, que tinha como tema as “Culturas Vivas Comunitárias”. O lançamento do programa IberCultura Viva se deu durante este evento.

Organizado pela Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) e o Ministério de Cultura e Juventude da Costa Rica, o congresso teve como objetivo primordial “abrir um espaço de diálogo entre a institucionalidade, o Movimento de Culturas Vivas Comunitárias e as iniciativas comunitárias, a fim de dimensionar o valor da riqueza cultural e fortalecer a democracia participativa no Espaço Ibero-americano”.

Representantes de governos e de organizações da sociedade civil participaram de várias atividades que propiciaram espaços de diálogo, reflexão e articulação: encontros, diálogo intersetorial, palestras, painéis de reflexão, oficinas temáticas e apresentação de experiências.

Foram credenciadas 441 pessoas (213 homens e 209 mulheres), provenientes de 24 países, e se estima que ao menos outras 100 pessoas participaram em diferentes atividades da programação. A participação via streaming foi de 1.295 pessoas.

Onze delegações oficiais (representando Ministérios, Conselhos e Secretarias de Cultura) estavam presentes no VI Congresso Ibero-americano de Cultura: Argentina, Brasil, Chile, Espanha, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá e Paraguai. 

Alguns desses países já haviam aderido à proposta de criação de um programa ibero-americano de cooperação para o fomento das políticas culturais de base comunitária, tendo como exemplo a experiência do programa Cultura Viva, lançado no Brasil em 2004 pelo então ministro Gilberto Gil. A proposta de criação do IberCultura Viva, feita pela SEGIB e pelo Ministério da Cultura do Brasil (MinC), foi aprovada em outubro de 2013, na 23ª Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, realizada na Cidade do Panamá. 

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De volta à presidência

Márcia Rollemberg, que era secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC em 2014, e foi a primeira presidenta do IberCultura Viva, voltou ao cargo este ano, para um mandato de três anos (2024-2026), iniciado no mês de março. “É uma alegria ver que o IberCultura, de fato, se tornou aquilo que nós idealizamos 10 anos atrás: um espaço de diálogo e cooperação entre os Estados membros e de organizações culturais. Um programa potente para a cultura de base comunitária e que tem impactado tantas pessoas nos locais onde está presente”, celebrou. 

“O Brasil não apenas inspirou, mas atuou ativamente na construção do programa e, inclusive, na articulação e pactuação com os primeiros países que aderiram a essa iniciativa. Hoje, temos um programa ativo, com oportunidades regulares, número expressivo de inscritos e contemplados nos editais e parcerias consolidadas”, completou a presidenta.

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Experiências

No Congresso Ibero-americano de Cultura que se realizou em San José em 2014, Márcia Rollemberg participou de uma série de atividades, inclusive apresentando a experiência brasileira com o programa Cultura Viva, que neste mesmo ano (em julho) se transformaria em política de Estado, com a sanção da Lei 13.018/2014. (Em 2024, o MinC celebra os 10 anos da Lei Cultura Viva e os 20 anos desta política pública “de baixo para cima” que tem inspirado vários países ibero-americanos.)

Na Costa Rica, no Painel 2 (“Gestão Pública e Fortalecimento das Culturas Vivas Comunitárias), realizado no dia 12 de abril de 2014, representantes de diversas instituições públicas e programas da América Latina apresentaram suas experiências, sobre como vinham transformando as ações do Estado para apoiar e promover as manifestações culturais comunitárias a partir de um enfoque baseado na diversidade, na participação, nos direitos culturais, na sustentabilidade e no bem comum.

Neste painel, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC falou sobre a construção da política de Cultura Viva no Brasil e sobre o momento de conquistar alianças entre países, “para que as políticas nacionais se identifiquem e se apropriem da dimensão social e cidadã, que é muito importante para construir espaços emancipadores de participação nas políticas públicas”. Também destacou a importância de trabalhar em diferentes dimensões (econômica, simbólica, cidadã) e mencionou a elaboração do Plano de Cultura, feita de maneira participativa após uma série de consultas, e a construção do Sistema Nacional de Cultura. 

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Lula Martinez, autora da Lei de Cultura Viva Comunitária de Lima (Peru), foi outra conferencista deste painel sobre “Gestão pública e fortalecimento das Culturas Vivas Comunitárias”, no segundo dia da programação. “É importante ter consciência de como o Congresso Ibero-americano e os processos de cultura viva comunitária, gestados na América Latina, estão despertando o interesse de outros países, de instâncias supranacionais e de outros níveis de governo. Há que saber difundi-los, reivindicá-los, porque falam da potência da cultura viva comunitária e de seu projeto transformador de mudanças”, afirmou à época a ex-vereadora da capital peruana.

Neste mesmo 12 de abril, sete ministros e seis representantes oficiais de Estado se reuniram para discutir a declaração que deveria ser lida na plenária final do congresso sobre o tema das Culturas Vivas Comunitárias. No dia seguinte, essas autoridades governamentais participaram do “Diálogo Intersetorial” ao lado de 20 pessoas de 17 países, escolhidas dois dias antes no encontro do Conselho Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, onde foi elaborada uma série de propostas e recomendações ao programa IberCultura Viva. 

A partir da recomendação da UNESCO de destinar 1% do orçamento nacional às políticas culturais, se propôs como meta que os governos da região designassem 0,1% dos orçamentos nacionais para a constituição de fundos locais e nacionais de apoio à Cultura Viva Comunitária. Além disso, propôs-se promover o aporte financeiro de cada país ao Fundo IberCultura Viva em seus objetivos de fortalecimento, assistência e apoio aos processos locais nos distintos países da região, como um primeiro passo do caminho para a meta de 0,1%.

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12

abr
2024

Em Notícias

Por IberCultura

Rede de Cidades e Governos Locais reúne-se para apresentar propostas de trabalho para 2024

Em 12, abr 2024 | Em Notícias | Por IberCultura

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A Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais realizou nesta sexta-feira, 12 de abril, sua primeira reunião do ano para apresentar algumas propostas de atividades a serem desenvolvidas ao longo de 2024. Cerca de 20 pessoas participaram deste encontro virtual, entre representantes de governos locais de Chile, Costa Rica, México e Argentina, da Unidade Técnica e da presidência do IberCultura Viva, que desde março está a cargo da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil (MinC).

João Pontes, diretor da Política Nacional de Cultura Viva no Brasil, abriu o encontro cumprimentando as/os representantes dos governos locais presentes, em nome da atual presidenta do programa, Márcia Rollemberg, e destacando a importância do fortalecimento dessa rede. “Entendemos que as políticas culturais de base comunitária são extremamente importantes e estratégicas para o fortalecimento da democracia na região, dos valores cidadãos e dos direitos culturais”, afirmou.

“No Brasil, estamos em um momento de retomada e reconstrução e, para nós, é uma alegria estar de volta ao programa, no ano em que se celebram os 10 anos do IberCultura Viva e os 20 anos da Política Nacional de Cultura Viva. É uma alegria grande podermos estar de volta, juntas/os neste processo de fortalecimento das políticas culturais de base comunitária e de construção de outras realidades para o nosso Espaço Ibero-americano”, disse o diretor do MinC.

Flor Minici, secretária técnica do IberCultura Viva, explicou que um dos objetivos deste encontro foi proporcionar um espaço para que os municípios que aderiram mais recentemente pudessem começar a idealizar, discutir algumas ideias, e para aqueles que trabalharam no ano passado com propostas que saíram do âmbito da rede pudessem contar como foram as experiências. “A rede, neste momento, está em forte expansão. No ano passado houve uma incorporação muito importante de municípios, especialmente do Chile, a partir de uma tarefa de articulação do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio”, destacou.

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Rede chilena

O Chile é o país com maior número de membros da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais, instância que recebeu um total de 36 pedidos de adesão de municípios, províncias e estados desde a sua formalização, em maio de 2019. A rede chilena de governos locais é composta por 12 comunas: Concepción, Lonquimay, Quilaco, Valparaíso, San Felipe, Puqueldón, Hualaihué, La Unión, Puerto Saavedra, Alto Biobío, Cauquenes e San Pedro de La Paz.

Em dezembro, representantes destes 12 municípios chilenos reuniram-se na cidade de Concepción, Região de Biobío, para definir um plano de trabalho para 2024. Para tanto, buscaram criar diretrizes de gestão e planejamento que permitissem aos municípios articular e fortalecer ações conjuntas com organizações culturais comunitárias de cada região.

Segundo Andrea Castellón, representante técnica do Ministério das Culturas, Artes e Patrimônio do Chile junto ao IberCultura Viva, o governo chileno tem apoiado fortemente a articulação desta rede, com a qual se reúne permanentemente, todas as quintas-feiras. “Este ano já começamos a ativar a rede com uma série de atividades. Vamos realizar novamente um encontro nacional e também trabalhar para podermos nos vincular e contribuir com políticas públicas de base comunitária, especificamente com as organizações culturais que existem nessas comunas. É um trabalho super interessante e que estamos promovendo para vinculá-lo também a esta rede ibero-americana”, ressaltou.

Na reunião desta sexta-feira, além de Castellón, participaram pelo Chile: Ana María Elosúa (Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio), Pai Aguirre (Valparaíso), Camila Montecinos (Concepción), Juan Manuel Pizarro (Hualaihué) e Marco López (San Felipe).

O grupo chileno deverá formalizar uma proposta de atividade conjunta a desenvolver no âmbito da Rede de Cidades e Governos Locais ao longo do ano. Esta proposta se somará às outras três apresentadas nesta reunião: duas de Luisa Velásquez (Guadalajara, México) e uma de Tania Álvarez (Alajuelita, Costa Rica). Foi marcada uma nova reunião para 22 de abril, dia em que serão formalizadas as propostas de atividades e seus respectivos orçamentos, que serão encaminhados ao Conselho Intergovernamental do IberCultura Viva, para sua aprovação.

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Novas estratégias

Luisa Velásquez, representante de Guadalajara, cidade mexicana que tem um programa de Pontos de Cultura, contou que em 2023 a Diretoria de Cultura de Guadalajara foi beneficiada em uma convocatória com financiamento da União Europeia, a Ventana Adelante, e conseguiu articular-se com a Secretaria de Cultura, Recreação e Esportes de Bogotá (Colômbia), também membro desta Rede de Cidades e Governos Locais, numa iniciativa de cooperação triangular. Esta iniciativa, intitulada “Estratégias culturais comunitárias para a participação cidadã”, envolveu também a Fundação Casa de Rui Barbosa, vinculada ao Ministério da Cultura do Brasil, além do então Ministério da Cultura da Argentina e da Universidade de Guadalajara.

“Foi uma iniciativa muito proveitosa, que consistiu em criar um modelo norteador de ação cultural com foco nos direitos humanos e na sustentabilidade. Isso nos apresentou o desafio de sistematizar as práticas que são geradas a partir dos territórios. É um modelo que se diferencia dos demais já existentes, criados a partir de escritórios, do ideal, e que surgiu do que é real, do que já está feito. Também tivemos a sorte de receber convidados/as de Barcelona, ​​​​Chile, Costa Rica, Bolívia, para poder enriquecer este modelo com uma perspectiva da região ibero-americana a partir das práticas, um modelo de baixo para cima, e também das boas práticas de alguns governos locais, como Bogotá e Barcelona”, explicou a representante de Guadalajara.

Este modelo norteador, segundo Velásquez, está pronto, em fase de elaboração, e em breve estará disponível nas versões em espanhol e português para que possa ser socializado e apropriado tanto por agentes culturais comunitários como por agentes institucionais públicos, ou da academia. “Estamos muito felizes por esta ação que, além disso, conseguimos unir e articular como uma ação da Rede de Cidades”, comentou.

Uma das atividades que Luísa Velásquez propôs para a rede em 2024 seria uma nova etapa deste processo: a transferência deste modelo norteador de ação cultural criado ao longo do ano passado. A ideia é poder incorporar o Chile nesta nova iniciativa. A outra proposta apresentada por ela é um encontro de Pontos de Cultura e Cultura Viva chamado “Memória e Futuro”, a ser realizado na Argentina.

Por fim, Tania Alvarez, representante do cantão de Alajuelita, Costa Rica, apresentou uma proposta de construção coletiva do “Manual de Boas Práticas Territoriais da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais e Organizações Comunitárias”. A intenção é elaborar de forma colaborativa um documento que compile o conhecimento gerado e possa ser compartilhado com organizações comunitárias. Um dos objetivos desta proposta é gerar um espaço de intercâmbio para desenvolver uma série de conversatórios  sobre a construção de políticas, legislações, regulamentações e orçamentos culturais.

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10

abr
2024

Em Notícias

Por IberCultura

Ministério de Cultura e Juventude da Costa Rica abre convocatória para Pontos de Cultura, Becas Taller e S.O.S. Sociocultural

Em 10, abr 2024 | Em Notícias | Por IberCultura

A Diretoria de Gestão Sociocultural do Ministério da Cultura e Juventude da Costa Rica abriu nesta quarta-feira, 10 de abril, as convocatórias dos programas Pontos de Cultura, Becas Taller e SOS. Sociocultural, para projetos que serão desenvolvidos em 2025. As propostas poderão ser apresentadas até 12 de julho, por meio de formulários online disponíveis no site www.dircultura.go.cr .

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Pontos de Cultura

No caso da chamada de Pontos de Cultura, serão recebidos projetos de organizações socioculturais sem fins lucrativos, jurídicas ou de fato, bem como de cooperativas autogeridas com fins culturais que se dediquem a atividades socioculturais e que promovam os direitos culturais, a cultura da paz, dos direitos humanos, do multiculturalismo, da diversidade e da pluralidade cultural.

As organizações com personalidade jurídica e os coletivos sem personalidade jurídica interessados ​​em candidatar-se deverão ter pelo menos três anos de experiência no desenvolvimento de projetos e iniciativas socioculturais coerentes com as finalidades e objetivos do Programa Pontos de Cultura.

As categorias de participação são: 1) Atividades de formação artística ou cultural (projetos que promovam espaços de convivência por meio da realização de oficinas ou similares em áreas artísticas ou culturais); 2) Produção de atividades comunitárias (como feiras, festivais, intercâmbios e encontros); 3) Meios de comunicação comunitária e propostas; 4) Fortalecimento organizacional e capacitação em elementos de gestão sociocultural; e 5) Espaços e equipamentos culturais.

Na terceira categoria, dedicada à comunicação comunitária, os projetos poderão ter como produtos finais jornais e boletins que promovam ou demonstrem processos de gestão sociocultural, ou curtas audiovisuais, cujos conteúdos sejam resultado de um processo de gestão sociocultural, que convide à reflexão sobre as realidades sociais, econômicas e culturais das comunidades envolvidas.

O projeto apresentado deverá demonstrar a participação ativa da comunidade, em todas as etapas da produção. Os produtos devem ser divulgados e compartilhados nos espaços das comunidades onde foram desenvolvidos.

O ciclo máximo de duração das propostas será de 9 meses (de março a novembro de 2025), e o mínimo será de seis meses (de março a agosto de 2025). Os valores vão de milhões de colones (cerca de 5,8 mil dólares) a 8 milhões de colones (cerca de 15,5 mil dólares). A proposta deverá apresentar contrapartida igual ou superior a 20% do custo total do projeto.

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Becas Taller

Becas Taller é um programa de estímulo que visa promover o trabalho de gestores e organizações que atuam na área da cultura, apoiando projetos que reconheçam, visibilizem e fortaleçam as diferentes expressões do Patrimônio Cultural Imaterial (PCI) presentes no território costarricense. O valor máximo para cada projeto é de 5 milhões de colones (cerca de 9,7 mil dólares).

A proposta pode ser feita a partir de qualquer área das artes e/ou gestão sociocultural, mas deve necessariamente estar vinculada a alguma manifestação do PCI. As categorias de participação são: Tradições e expressões orais, incluindo idioma; Artes de espetáculos; Usos sociais, rituais e eventos festivos; Conhecimentos e usos relacionados à natureza e ao universo; Técnicas artesanais tradicionais.

Os projetos deverão ter duração de oito meses (com início em abril e culminando com atividades em outubro de 2025, para apresentação do fechamento de relatórios e produtos em novembro de 2025).

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SOS. Sociocultural

O S. O. S. Sociocultural é um fundo criado para contribuir para o exercício dos direitos culturais das comunidades, através do apoio a gestores e organizações culturais que foram afetadas negativamente pela pandemia de Covid-19. O valor máximo para cada projeto selecionado é de 5 milhões de colones (cerca de 9,7 mil dólares).

A convocatória destina-se a pessoas físicas ou jurídicas ou organizações sem registro legal. No caso das pessoas físicas, aquelas que, devido à pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2, se encontrem em situação de desemprego, ou com suspensão temporária do contrato de trabalho, ou que tenham visto o seu rendimento habitual diminuído. No caso de organizações, podem candidatar-se aquelas que viram seus rendimentos habituais diminuídos pela pandemia e necessitam de integração em processos de reativação econômica.

As categorias de participação são: 1) Processos educativos socioculturais; 2) Produção de atividades socioculturais comunitárias (festivais, feiras, clubes, séries de filmes, palestras, encontros, passeios, produções de trabalho comunitário, boletins informativos, jornais, canais virtuais e similares); 3) Pesquisa sociocultural (inventários culturais, mapeamentos, diagnósticos, sistematizações, estudos públicos e similares); 4) Insumos, serviços e equipamentos.

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Saiba mais:

https://www.dircultura.go.cr/servicios/puntos-cultura

https://www.dircultura.go.cr/servicios/becas-taller

https://www.dircultura.go.cr/servicios/sos-sociocultural

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(Fonte: Ministerio de Cultura y Juventud)

09

abr
2024

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Edital de Apoio a Redes 2024 tem 151 inscrições habilitadas; prazo de recursos termina em 12 de abril

Em 09, abr 2024 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva divulgou nesta terça-feira, 9 de abril, a lista de candidaturas habilitadas que continuam no processo seletivo do Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024: são 151, provenientes dos 12 países membros. As organizações responsáveis ​​pelas 105 candidaturas que foram consideradas não habilitadas terão um prazo de três dias, a partir desta data, para corrigir a documentação, enviando o arquivo solicitado para o e-mail programa@iberculturaviva.org. O prazo para interposição de recursos termina na sexta-feira, 12 de abril.

Os recursos enviados para o email programa@iberculturaviva.org deverão ter a indicação “Recurso” no assunto e a identificação da pessoa responsável (o número de inscrição no edital). É importante revisar os motivos citados para a desabilitação no documento “Informação às Pessoas Interessadas ​​I – Etapa de Habilitação” e enviar por correio apenas a documentação faltante exigida, em arquivo(s) anexo(s).

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Alguns motivos

Algumas das candidaturas foram enviadas sem carta aval de uma ou mais organizações envolvidas (neste caso basta enviar um e-mail com a carta que faltou) ou com carta aval sem assinatura (o documento deve ser impresso, assinado e digitalizado ou fotografado) ou com carta aval fora do formato exigido (ao clicar no nome da chamada no Mapa IberCultura Viva, os modelos de carta aval, cronograma e orçamento aparecem no lado direito da tela).

Em outros casos, o valor solicitado ultrapassa o máximo permitido (é necessário ajustar o orçamento até US$ 5.000) ou a data de início ou término do projeto não corresponde ao período previsto no regulamento do edital (o cronograma deve ser ajustado tendo em conta o início a partir de junho de 2024 e o término até novembro de 2024).

Esta chamada destina-se a propostas feitas de forma colaborativa por pelo menos três organizações culturais comunitárias. A organização responsável pelo projeto deve ter personalidade jurídica e ser do tipo sem fins lucrativos. (Se a organização responsável pelo projeto não for do tipo sem fins lucrativos, e por isso a proposta foi invalidada, pode-se apresentar outra organização cultural comunitária com o perfil exigido). No caso do Brasil, a organização responsável também deveria ser um Ponto de Cultura cadastrado na Rede Cultura Viva.

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Continuidade do processo

Na próxima semana, a Unidade Técnica analisará os recursos enviados para esta primeira etapa do edital. Após o envio pelas organizações responsáveis ​​dos anexos exigidos, as candidaturas desclassificadas serão reconsideradas e poderão continuar no processo seletivo. A lista final das candidaturas habiltiadas será publicada neste site após o prazo e análise dos recursos.

Na segunda etapa do processo, os projetos aprovados serão avaliados por representantes dos governos de cada um dos 12 países participantes (cada governo é responsável por avaliar os projetos do seu próprio país). A avaliação será dada de acordo com os critérios previamente estabelecidos no regulamento do edital. Serão selecionados os projetos que obtiverem a pontuação mais alta em cada país.

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Inscrições recebidas

A edição 2024 do Edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo esteve aberta entre 23 de janeiro e 13 de março, período em que foram recebidas 256 candidaturas na plataforma Mapa IberCultura Viva. Este foi o maior número de inscrições nesta convocatória desde 2016, ano em que foi lançada a primeira edição. O recorde anterior era de 2022, quando foram enviadas 251 candidaturas.

Os dois países com maior número de candidaturas enviadas este ano foram a Colômbia (74) e a Argentina (73). Depois, México (20), Equador (16), Espanha (12), Peru (12), Brasil (11), Chile (11), Costa Rica (11), Paraguai (7), Uruguai (7) e El Salvador (2). A República Dominicana, que participou como país convidado, não apresentou nenhuma inscrição.

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Confira a lista de candidaturas habilitadas e não habilitadas

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02

abr
2024

Em Notícias

Por IberCultura

LABIC abre chamada para projetos de inovação em matéria de acessibilidade e sustentabilidade no Uruguai

Em 02, abr 2024 | Em Notícias | Por IberCultura

(Texto: SEGIB)

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A Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), juntamente com o Ceibal e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), abre a chamada para a apresentação de projetos de inovação pedagógica que serão desenvolvidos no Laboratório de Inovação Cidadã do Uruguai.

O laboratório, que será realizado na cidade de Montevidéu entre os dias 20 e 26 de julho, busca propostas inovadoras para melhorar a sustentabilidade e acessibilidade do Ceibal, o centro de inovação educacional do Estado uruguaio que promove a integração de tecnologias digitais na educação para melhorar a aprendizagem. e promover processos de inovação e inclusão.

Propostas de transformação social, desenho de objetos, instalações, melhorias de processos, plataformas ou metodologias inovadoras que visem melhorar a acessibilidade e a sustentabilidade são algumas das ideias que as pessoas residentes do Uruguai podem apresentar na referida chamada, que permanecerá aberta até o próximo dia 25 de abril.

Após o encerramento da chamada, onde serão selecionadas um máximo de seis propostas, os resultados serão publicados no dia 6 de maio nos sites da Inovação Cidadã e do Ceibal.

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Saiba mais detalhes sobre a chamada aqui.

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Sobre os LABIC

Os Laboratórios de Inovação Cidadã (#LABIC) são uma metodologia desenvolvida pela SEGIB e realizada desde 2014 em diversos países da Ibero-América. Nos seus dez anos de vida foram desenvolvidos um total de 12 laboratórios, nos quais participaram cerca de 1.000 participantes e cerca de 150 instituições como colaboradoras.

Os LABIC são espaços criados para experimentar, sistematizar e acelerar propostas inovadoras que surgem da cidadania. Projetos que buscam gerar transformações sociais, culturais, ambientais e econômicas nas cidades e suas comunidades locais.

Os LABIC reúnem equipes multidisciplinares de pessoas de diversos países, tornando o laboratório um espaço de produção colaborativa e intercultural. O último Laboratório de Inovação Cidadã ocorreu em novembro passado em Lima, Peru, onde foram desenvolvidas soluções inovadoras para promover a segurança alimentar na Ibero-América.