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28

jun
2019

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Por IberCultura

IberCultura Viva lança concurso de curtas-metragens sobre diversidade sexual com enfoque em direitos

Em 28, jun 2019 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Foto: Kaloian/ Secretaría de Cultura de la Nación de Argentina

 

Comemorando os 50 anos da revolta de Stonewall – a noite de 28 de junho de 1969  que é um marco para os movimentos pró-direitos da população LGBTIQ –, o programa IberCultura Viva e o Ministério de Desenvolvimento Social do Uruguai (MIDES) apresentam o  concurso de curtas-metragens “Diversidade sexual e de gênero: direitos e cidadania”. 

A iniciativa, que premiará 10 vídeos com 500 dólares cada, busca dar visibilidade aos aportes da comunidade LGBTIQ para o fortalecimento das identidades diversas. A intenção é contribuir e chamar a atenção sobre a importância do respeito e da tolerância sobre as diferentes percepções em torno da identidade de gênero e da orientação sexual das pessoas, assim como a necessidade de inclusão das dissidências sexuais no pleno exercício dos direitos humanos e culturais.

As inscrições estarão abertas de 28 de junho a 15 de novembro de 2019, na plataforma Mapa IberCultura Viva. Os vídeos deverão ter duração mínima de 1 minuto e máxima de 3 minutos, incluindo os créditos iniciais e finais, e poderão pertencer a qualquer gênero audiovisual (documentário, ficção, animação, jornalístico, entre outros). Deverão estar dirigidos ao público em geral, com classificação etária livre, ser inéditos nos meios de comunicação e não podem ter sido inscritos em concursos anteriores.

A convocatória está destinada a pessoas maiores de 18 anos dos países membros do programa IberCultura Viva: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba (país convidado), Equador, Guatemala, El Salvador, Espanha, México, Peru e Uruguai. A pessoa postulante deverá publicar seu vídeo em alguma plataforma de divulgação gratuita, como Vimeo ou YouTube, para depois incluir o link no formulário de inscrição do Mapa IberCultura Viva.

Entre os critérios que serão levados em conta na avaliação dos curtas-metragens se encontram a realização técnica, a originalidade temática e a adequação aos objetivos do tema. Receberão maior pontuação os vídeos cujos conteúdos promovam a reivindicação, visibilidade e fortalecimento dos coletivos LGBTIQ; promovam a ruptura de estereótipos discriminatórios; reflexionem sobre práticas culturais da comunidade LGBTIQ, e enfatizem boas práticas da comunidade LGBTIQ que contribuem para a diversidade na região ibero-americana.

Foto: Kaloian/ Secretaría de Cultura de la Nación de Argentina

Concursos anteriores

Este é o quarto concurso de audiovisuais promovido por IberCultura Viva. Em 2016, o programa lançou o Concurso de Videominuto “Mulheres: culturas e comunidades”, buscando dar visibilidade ao aporte fundamental das mulheres para a cultura e organização comunitária, enfrentando atitudes e estereótipos discriminatórios que contribuem para a desigualdade de gênero e a violência.

Em novembro de 2017, foi a vez do Concurso de curtas-metragens “Comunidades Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”, lançado em parceria com o Escritório de Representação no Brasil da UNESCO, como uma das atividades da Década Internacional dos Afrodescendentes (2015-2024), declarada pelas Nações Unidas em 2015.

Em outubro de 2018, em colaboração com a Representação na Guatemala da UNESCO, o programa apresentou o Concurso “Comunidades Linguísticas: identidade e salvaguarda”, inspirado na resolução das Nações Unidas que havia declarado 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas, para advertir sobre a perda desses idiomas e a necessidade de conservá-los e revitalizá-los. Neste junho de 2019, a inspiração é a celebração dos 50 anos da rebelião de Stonewall. 

 

A revolta de Stonewall

Na noite de 28 de junho de 1969, a polícia entrou no pub The Stonewall Inn para mais uma de suas operações habituais. Já tinha virado rotina neste casa noturna frequentada por homossexuais, travestis e transexuais no Greenwich Village, em Nova York: policiais entravam no bar e obrigavam os clientes a fazer fila e identificar-se, dispostos a prender os empregados por venda ilegal de álcool e os frequentadores que não tinham documentos de identidade. Também eram detidos aqueles que apresentavam “desvio sexual” por vestir peças de roupa “não correspondentes” ao gênero designado no nascimento

Nesta madrugada, no entanto, o roteiro mudou. Aqueles que não haviam sido detidos não saíram rapidamente, como de costume. Foram juntando em frente ao bar e a eles foram se somando dezenas, e depois centenas de outras pessoas. A tensão explodiu quando uma lésbica resistiu à prisão e gritou para aqueles que assistiam à cena: “Por que não fazem algo?”.  Assim começou uma chuva de moedas, objetos, garrafas, pedras e insultos em direção à polícia, obrigada a retroceder e a se refugiar de novo no Stonewall, que seguiu sendo atacado do lado de fora. Os protestos continuaram durante vários dias.

Esta rebelião é considerada um ponto de inflexão para os movimentos LGTBIQ. Foi a primeira vez que gays, lésbicas, transexuais – e também negros, latinos, jovens sem teto e ativistas contra a guerra do Vietnã – se uniram como uma só comunidade para dizer basta, para exigir que parasse a brutalidade policial contra os homossexuais. Um ano depois da revolta de The Stonewall Inn, em 28 de junho de 1970, se realizou a primeira marcha do orgulho gay na cidade de Nova York.

 

 

Confira o regulamento do concurso: https://bit.ly/2KKz1Zd

Inscrições: https://mapa.iberculturaviva.org/oportunidade/87/

Consultas: programa@iberculturaviva.org

 

⇒ Leia também:

Como inscrever-se no Concurso de curtas “Diversidade sexual e de gênero: direitos e cidadania”

 

(Fotos no alto: 27° Marcha del Orgullo LGBTIQ de Buenos Aires, realizada em 17 de novembro de 2018. Crédito: Kaloian/ Secretaría de Cultura de la Nación de Argentina)

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